Geral ajuda
"Ir para uma grande crise exige chegar lá sem pedir nada"
Experiência e autonomia são pontos fortes do Corpo de Bombeiros, destaca militar, ao falar da atuação da equipe de Minas que ajudou no resgate às vítimas das ch
12/05/2024 07h15
Por: Carlos ball Fonte: em

Referência no país em função da experiência adquirida em grandes tragédias, como o rompimento de duas barragens de rejeitos de minério em território mineiro, e em missões de apoio internacionais e nacionais, o Corpo de Bombeiros Militares de Minas Gerais (CBMMG) reforçou os trabalhos de salvamento nos primeiros dias da calamidade que assola o Rio Grande do Sul em decorrência de chuvas sem precedentes na história do estado. Desta vez, a corporação enviou uma equipe de 28 militares, no dia 8, que por uma semana auxiliou no resgate de pessoas ilhadas e na recuperação de vítimas de soterramentos, com a rapidez que a situação exige para preservar vidas, contou o tenente Henrique Barcellos, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMG), em entrevista ao “Em Minas”, que foi ao ar na noite de ontem na TV Alterosa e está disponível no canal YouTube do Portal Uai . Para ele, o fato de a corporação ser “calejada” é determinante, pois permite “saber encontrar o terreno desconhecido e o que fazer lá”. Conta ponto também a preparação da equipe em termos de logística, para atuar de forma autônoma, destaca o tenente, que explicou o processo de escolha dos militares que participaram da operação, comparou os desastres em Mariana (2015) e Brumadinho (2019) com a crise no RS e assinalou que uma boa gestão de riscos “faria toda a diferença” na hipótese de chuvas semelhantes virem a ocorrer na Grande BH. Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

No ano passado, o Rio Grande do Sul passou por uma situação de enchentes semelhante à que vem ocorrendo agora, embora numa proporção menor, e os bombeiros mineiros estiveram lá ajudando. Outra equipe foi enviada este ano. Há diferenças entre as operações?

A gente enviou, ano passado, uma equipe para o Vale do Taquari, que também foi atingido neste ano. Daquela vez, a característica da nossa equipe era mais voltada para busca e salvamento com cães. Agora, enviamos uma equipe com uma força multitarefa. Essa equipe tem, além de cães, militares especializados, aeronaves e diversos materiais logísticos para conseguir fazer frente ao cenário de desastre no Sul do Brasil.

A situação agora foi muito pior do que a outra?


Muito pior, por conta da grande extensão territorial que foi tomada pelas enchentes. Para a gente, é muito triste o fato de uma mesma região sofrer novamente com isso em tão pouco tempo. Sabemos a importância de estarmos presentes lá, não só para fazer o salvamento, mas também para levarmos esperança a um povo que, em tão pouco tempo, sofre com o mesmo desastre.