O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), não chegou a fazer um agradecimento nominal ao presidente Lula (PT) durante o anúncio do pacote de ações federais para enfrentamento da crise no estado.
Na solenidade, ocorrida na quarta-feira (15), em São Leopoldo (RS), Leite enfatizou a superação de divergências ideológicas e afirmou que as necessidades urgentes da população gaúcha serão atendidas com "o maior esforço de seu presidente, de seu governador e de prefeitos".
A ausência de agradecimento direto a Lula não passou despercebida por integrantes do Palácio do Planalto e foi interpretada como demonstração de contrariedade com a nomeação de Paulo Pimenta para a Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul.
Publicamente, porém, o governador nega incômodo com a indicação de Pimenta.
"Não contem comigo para disputa política, não contem comigo para disputa de vaidades, de egos, é em favor da sociedade. Temos uma população nesse momento que está sofrendo", afirmou durante apresentação do plano de reconstrução do estado, nesta sexta-feira (17/5).
"Não temos o direito de permitir que qualquer tipo de diferença ideológica, programática, divisão política ou de aspiração pessoal possa interferir na nossa missão que atender essas pessoas. Vou me reunir em breve, inclusive com o ministro (Pimenta) e vamos atuar para que possamos coordenar essas ações conjuntamente", concluiu Leite.
"Não temos o direito de permitir que qualquer tipo de diferença ideológica, programática, divisão política ou de aspiração pessoal possa interferir na nossa missão que atender essas pessoas. Vou me reunir em breve, inclusive com o ministro (Pimenta) e vamos atuar para que possamos coordenar essas ações conjuntamente", concluiu Leite.