Simone Biles, uma das maiores vencedoras da história da ginástica artística, anunciou, nessa terça-feira (3/9), que não mais executará o salto Yurchenko Double Pike. O Biles II, como é popularmente conhecido, tirou o ouro de Rebeca Andrade nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Mas por qual motivo a estadunidense tomou tal decisão?
A explicação é simples. Biles não quer mais se arriscar tanto. Afinal, o movimento é classificado como perigoso – não à toa tem nota 6.4 de dificuldade, a mais alta do naipe. Para executar o Biles II, a ginasta se apoia de costas no trampolim e executa duplo mortal carpado.
Após conquistar o ouro em Paris, Biles disse que deve competir no salto em Los Angeles 2028, mas não com o mesmo salto: “Esta é o minha última (competição em salto)? Definitivamente, (a última vez que faço) o Yurchenko Double Pike. Quer dizer, eu meio que acertei nessa. Nunca diga nunca. A próxima Olimpíada é em casa. Então você nunca sabe”.
Em 2021, quando Biles executou o movimento pela primeira vez em um torneio, no US Classic, o Ney York Times, jornal estadunidense, o classificou como “tão perigoso e desafiador que nenhuma outra mulher tentou em competição, e é improvável que qualquer mulher no mundo esteja sequer treinando para tentar”.
Simone Biles é uma das ginastas mais condecoradas da história. Em Campeonatos Mundiais, acumula 24 ouros, quatro pratas e três bronzes. Em Olimpíadas, medalhou 11 vezes – são sete ouros, duas pratas e dois bronzes.
Em Paris 2024, a estadunidense proporcionou disputa ferrenha e emocionante com Rebeca Andrade. Biles subiu no lugar mais alto do pódio na final por equipes, no individual geral e no salto. No solo, a brasileira levou a melhor e conquistou o ouro. Curiosamente, nenhumas das duas se classificou à final da trave.
Além do ouro no salto, na última edição da Olimpíada, Rebeca foi prata no individual geral e no salto e bronze na final por equipes. Tornou-se, portanto, a maior medalhista olímpica. entre homens e mulheres, da história do Brasil.