Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) se enfrentaram em torno de temas como segurança e concessões e trocaram acusações sobre suspeitas de corrupção e mentiras no debate da TV Globo, o último antes do segundo turno, nessa sexta-feira (25/10).
Os padrinhos Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT) também foram explorados pelos candidatos e foco de ataques e divergências entre eles.
A dois dias da votação, Nunes insistiu em rotular Boulos como radical e extremista, resgatou casos policiais envolvendo integrantes do MTST (movimento de moradia que o psolista coordenou) e usou posicionamentos do PSOL para desgastá-lo.
Boulos, por sua vez, chamou o adversário seguidas vezes de "fraco" e "sem pulso firme", além de explorar suspeitas de corrupção e casos espinhosos do passado de Nunes.
"Se tem um extremista nesse debate é você, que anda com Bolsonaro, que tentou golpe, desprezou vacina", rebateu o parlamentar, que vinculou o prefeito à corrupção e à infiltração do crime organizado em contratos da prefeitura.
Ele também rememorou o caso em que Nunes deu um tiro no meio de uma confusão em uma boate em Embu das Artes (SP) em 1996. O prefeito minimizou o episódio, justificando que estava apenas separando uma briga de amigos.
Nunes tentou associar Boulos a leniência com criminosos, questionando o deputado sobre não ter votado um projeto de lei na Câmara para aumentar penas para bandidos e indagando-o sobre mudanças de postura a respeito de descriminalização de drogas, desmilitarização da polícia e aborto.
"Ele não gosta da Polícia Militar, sempre votou contra o aumento de penas", disse.
O candidato do PSOL, que argumentou não ter votado o texto porque estava em uma reunião com Lula, perguntou se o rival "está desesperado" e apontou contradição do prefeito em relação às vacinas contra a Covid, dizendo que ele mudou de ideia "ao receber o apoio do Bolsonaro".
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