O torcedor rubro-negro dos dias de hoje, apesar de tudo que viveu, quer se desligar de 2019 e virar a página. Qual apaixonado pelo Flamengo embarca nessa história que o clube nasceu cinco anos atrás, naquela temporada em que Jorge Jesus e seus comandados tornaram-se eternos? Exemplos que antecederam e sucederam tal geração não faltam, mas as redes sociais fazem fervorosos rubro-negros evitarem menções ao propalado ano mágico.
Bom, JJ não estava à beira do campo nesse domingo, mas alguns dos caras daquela temporada fizeram - e continuam - fazendo diferença. Expoente maior da geração, Gabigol marcou dois gols e chutou antes de Arrascaeta abrir o placar da vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG.
E por que o Flamengo amassou um rival histórico, apesar do equilíbrio que os desfalques rubro-negros trouxeram? Eis a resposta: à beira do campo havia um treinador revolucionário, que não teve medo "de se abrir" diante de um adversário que não foi vazado na semifinal da Libertadores. Esse comandante também é integrante da histórica safra de 2019. Craque na lateral esquerda, ele levou sua visão de jogo para o banco de reservas e, de lá, neutralizou um dos melhores times do país.
Depois de uma recepção especial por parte dos torcedores (veja no vídeo abaixo), o Flamengo começou com tudo, mas o primeiro ataque do jogo foi do Atlético-MG. Plata, que oscilaria bastante durante a partida, foi fazer um recuo e errou. Hulk, em vez de tentar levar para a perna boa, cortou para a direita e acabou bloqueado por Léo Pereira. O Galo não seria mais o mesmo durante o jogo todo.
O 4-3-3 ou 4-5-1 de Filipe Luís fez muito rubro-negro acreditar num time que atacaria a qualquer custo e de forma desordenada. Errou rude quem pensou dessa forma. Só deu Flamengo. O Atlético só foi respirar no fim do jogo após um gol em lance fortuito. A defesa se comportou muito bem, e a marcação alta dos atacantes e meias funcionou bem demais.
O Flamengo via Alex Sandro, figura fundamental na vitória, resguardar-se um pouquinho diante do pé esquerdo de Scarpa, enquanto Gerson, Wesley e Gabigol se preparavam para transformar o lado direito do ataque rubro-negro no mapa da mina.