Política Sequestro
PF descobre que extremistas do 8 de janeiro pretendiam sequestrar Lula
Presidente e o ministro Alexandre de Moraes seriam raptados para colocar em prática golpe de Estado, aponta PF
09/11/2024 16h32
Por: Carlos ball Fonte: em

 

Arquivos recuperados pela Polícia Federal no celular do tenente-coronel Mauro Cid revelam que extremistas que atuaram nos atentados de 8 de janeiro monitoravam os passos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pretendeiam sequestrá-lo. Foram levantadas informações sobre os seguranças do chefe do Executivo e quais tipos de armamentos eram usados
 
De acordo com o Uol, também foram levantadas informações sobre os seguranças do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na época presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A intenção seria sequestrar Lula e Moraes para consolidar um golpe de Estado. As informações foram confirmadas ao Correiopor fontes na PF. Entre as ações planejadas, estava um confronto armado com os seguranças do presidente e do magistrado que resistissem a um ataque


Moraes, relator do caso no Supremo, deu prazo de 60 dias extras para que a PF conclua as investigações que serão enviadas para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR). A PGR identificou ligações entre a articulação de um plano para colocar em prática um golpe de Estado e os atentados do 8 de janeiro. As informações foram enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ligam aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro aos ataques que atingiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede da suprema corte no ano passado, logo após o resultado das eleições e a posse do governo eleito. Também estão em andamento investigações sobre a participação do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro na tentativa de golpe. 
 
 

As informações sobre a ligação entre os fatos investigados foram enviadas ao ministro Alexandre de Moraes. O elo foi revelado pelo Uol e confirmado pelo Correio junto a fontes na PGR e na Polícia Federal. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aponta que “a atuação da organização criminosa investigada foi essencial para a eclosão dos atos depredatórios”, se referindo à destruição de prédios públicos na capital federal por milhares de extremistas que chegaram a Brasília.