Um protesto crítico às sentenças do Supremo Tribunal Federal (STF) distribuídas para os presos do 8 de Janeiro e para figuras ligadas aos atos de invasão e depredação dos prédios públicos ocorre na Praia de Copacabana, neste domingo (17). Cartazes com fotos de pessoas relacionadas ao episódios foram distribuídos em frente à avenida Atlântica, por onde passarão líderes de todo o mundo nos próximos dias.
Nesta segunda-feira (18) começa a cúpula de líderes do G20. Participam do encontro os líderes das 19 maiores economias do mundo e representantes da União Europeia e da União Africana. As reuniões continuam na terça-feira (19). O Brasil preside o G20 neste ano, e como país-sede recebe o encontro no Rio de Janeiro.
As fotografias expostas na praia retratam presos do 8 de Janeiro e também de outros envolvidos — entre eles o tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Até o início deste mês, o Supremo Tribunal Federal condenou 265 pessoas pelos atos do 8 de janeiro. Entre essas condenações, 223 são por crimes considerados graves e têm como alvo aqueles que participaram de depredação do patrimônio.
A manifestação registrada neste domingo não é a única que ocorre no Rio de Janeiro nesse período de trânsito de lideranças mundiais. Nesse sábado (16), as instituições Rio de Paz e Ação da Cidadania instalou 733 pratos vazios pintados com cruzes na areia em frente ao Copacabana Palace. O ato é um protesto contra a fome, e cada prato representa um milhão de pessoas famintas no mundo, segundo balanço das Nações Unidas.
Manifestantes pró-Palestina também se reuniram em um protesto nesse sábado. O grupo esteve em frente ao Hotel Fairmont, também em Copacabana, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está hospedado.