Time praticamente reserva, sem torcida e com um a menos desde o fim do primeiro tempo: o Atlético viveu uma noite de adversidades nesta quarta-feira (20/11), mas se superou e empatou com o líder Botafogo por 0 a 0, no Independência, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O time mineiro teve uma postura recuada desde o início da partida, com cinco defensores e menos posse de bola. A atuação era positiva até a expulsão do lateral-esquerdo Rubens, aos 40 minutos do primeiro tempo.
Já a segunda etapa foi de pressão total dos cariocas. O técnico Artur Jorge empilhou atacantes, e o Galo se viu totalmente acuado. Ainda assim, conseguiu sustentar o resultado e saiu com um ponto que coloca um peso sobre o adversário da final da Copa Libertadores.
Com o empate, o Botafogo viu o Palmeiras diminuir a distância para dois pontos na briga pelo título da Série A: 69 a 67. Já o Atlético segue na 11ª colocação, com 43 pontos.
O Atlético terá pela frente o São Paulo no sábado, às 21h30, no Morumbi, pela 35ª rodada do Brasileiro.
O Botafogo enfrentará o Vitória no mesmo dia, às 19h30, no Nilton Santos, no Rio de Janeiro.
O Atlético entrou com um time praticamente todo reserva e com uma formação tática diferente no momento defensivo. Milito optou por um 5-4-1, em vez do habitual 4-4-2.
O duelo foi marcado pelo equilíbrio nos primeiros minutos, com as defesas se sobressaindo sobre os ataques. A primeira jogada de grande perigo foi do Botafogo, em belo lance produzido por Almada.
Era um jogo de muito estudo no Independência. O Botafogo tinha mais a bola, mas apresentava dificuldades para infiltrar nas baixas linhas de marcação do Galo, que, por sua vez, tentava explorar as velocidades pelas pontas e o pivô com Deyverson, por meio de lançamentos.
O Atlético seguiu com uma postura mais defensiva. Quando tinha a bola, pouco criava, mas ao mesmo tempo não sofria com os ataques adversários. Já o Botafogo tocava a bola de um lado para o outro, sem, contudo, encontrar espaços.
Aos 40 minutos, o Galo sofreu um baque. O lateral-esquerdo Rubens levou dois cartões amarelos por duas faltas em Luiz Henrique e foi expulso, desmontando o bom encaixe de marcação que o time apresentava.
Com um a mais, o time carioca cresceu na partida e conseguiu oferecer perigo pelas pontas, principalmente nos cruzamentos.
O Atlético ficou ainda mais defensivo na volta do intervalo, com a entrada do zagueiro Igor Rabello no lugar do atacante Paulinho. Com isso, o Botafogo chegou a ter 80% de posse de bola nos 10 primeiros minutos.
O alvinegro carioca buscava muitas infiltrações pelas pontas e contava com rápidas tabelas pela direita. Neste sentido, Luiz Henrique era o jogador que dava mais profundidade à equipe.
Ainda assim, a principal jogada seguia sendo os cruzamentos na grande área. Aos 16’, o Botafogo teve a melhor chance na partida em cabeçada de Vitinho, que parou em Everson. Era ataque contra defesa, e o Galo se via totalmente recuado em campo.