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Epidemia de dengue ameaça Minas no verão, alerta a Saúde
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18/12/2023 06h31
Por: Carlos ball Fonte: em

A combinação do calor com as chuvas intensas esperadas para o verão em decorrência do El Niño põe a Região Sudeste do país na rota de uma potencial epidemia de dengue em 2024. O alerta é do Ministério da Saúde e vale destacadamente para Minas Gerais e Espírito Santo. O risco elevado está relacionado à maior facilidade de proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue – e também da zika e chikungunya – nas condições climáticas esperadas para o verão, a incomum circulação concomitante dos quatro sorotipos do vírus que provoca a doença e aos índices de infestação do mosquito já detectados pela saúde pública.

Em Minas Gerais, onde de 1º de janeiro a 11 de dezembro foram registrados 304.638 casos confirmados e 193 mortes provocadas pela dengue, 380 municípios estão em situação de alerta e 82 na zona de risco, segundo os últimos dados do quarto Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa/LIA) de 2023, divulgados na quarta-feira (13/12) pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Outras 359 cidades receberam classificação satisfatória.

A situação de alerta vale para municípios com Índice de Infestação Predial pelo Aedes (IIP) igual ou superior a 0,9 e a de risco para valores maiores que 4. O índice é satisfatório quando está abaixo de 0,9. A pesquisa foi realizada entre 23 de outubro e 10 de novembro. O IIP indica o percentual de imóveis que apresentaram recipientes com água infestados por larvas de Aedes, em relação ao total vistoriado pelos agentes de combate a endemias (ACE) de cada município.

No alerta, o Ministério da Saúde relaciona sua projeção de aumento do número de casos no verão, que começa em 22 de dezembro e vai até 20 de março, aos possíveis efeitos do El Niño apontados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Diante disso, frisa o órgão, é preciso que a sociedade ajude a eliminar os criadouros do mosquito e evite deixar água parada, já que um levantamento mostrou que 74,8% dos criadouros estão nas residências.

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