O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comunicou nessa quarta-feira (27/11) que o Governo Federal vai propor a ampliação da isenção do Imposto de Renda para salário de até R$ 5 mil. Além disso, a taxação irá aumentar para pessoas com renda superior a R$ 50 mil.
A medida ainda será votada pelo Congresso Nacional. Caso seja aprovada, ela só passará a ser válida 90 dias após a votação devido a regras que envolvem as mudanças de tributos. Sendo assim, a expectativa é que a medida passe a valer a partir de 2026.
Atualmente, a isenção se aplica aos contribuintes que ganham até R$ 2.259,20 mensais. Desse valor até R$ 2.826,65 é cobrada uma alíquota de 7,5% quando não há o desconto simplificado de R$ 564,80. Para ganhos acima de R$ 4.664,68 são reduzidos 27,5%.
O ministro ainda se pronunciou, nessa terça-feira (26/11), sobre o pacote de corte de gastos do governo, que prevê uma economia de R$ 70 bilhões para o cofre público nos próximos dois anos.
Entre as medidas estão: reajuste no abono salarial, mudanças na idade mínima para aposentadoria dos militares, limitação de transferência de pensões e limitar o crescimento das emendas parlamentares abaixo do limite do arcabouço (2,5% do ano).
Segundo Haddad, a alteração no Imposto de Renda “não trará impacto fiscal, ou seja, não aumentará os gastos do governo. Porque quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês pagará um pouco mais”.