A instalação de duas bases do Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do Corpo de Bombeiros em Minas Gerais foi adiada em função do acidente com o Arcanjo 04 em Ouro Preto, na Região Central do estado, em 11 de outubro. Seis pessoas morreram na tragédia que completa dois meses nesta quarta-feira (11/12).
O planejamento da corporação indicava a inauguração de bases em Juiz de Fora, na Zona da Mata, e Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, no início de 2025. Agora, a previsão é de que ocorra só no segundo semestre.
As informações foram passadas pela comandante do BOA, tenente-coronel Karla Lessa Alvarenga Leal, em audiência pública realizada nessa terça-feira (10/12) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A reunião foi convocada para debater a sobrecarga de trabalho dos militares.
Segundo o deputado estadual Sargento Rodrigues, presidente da Comissão de Segurança Pública, o capitão Wilker Tadeu Alves da Silva, que era piloto do Arcanjo 4, acumulava a função de chefe do setor de manutenção de aeronaves.
Por sua vez, a tenente-coronel Karla negou que tenha havido sobrecarga de trabalho do capitão. Ela explicou que, no batalhão, não existe a função de piloto e é comum o desempenho de tarefas administrativas por parte deles.
A comandante salientou, inclusive, que o capitão Wilker teve a escala de voo respeitada: em 8 e 9 de outubro, ele trabalhou como piloto no combate a incêndios florestais. Em cada um desses dias, voou por cerca de cinco horas, folgando no dia 10 e voltando à escala somente na data do acidente.