O terceiro voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos chegou ao Aeroporto de Confins na tarde desta sexta-feira (21) com 81 pessoas. Entre elas, nove crianças e duas pessoas com mais de 60 anos.
No total, foram enviadas 94 pessoas, contudo 13 ficaram no aeroporto de Fortaleza, no Ceará, e o restante foi trazido à Minas Gerais. No voo que chegou à Confins, 49 deportados são mineiros.
Pela terceira vez, os deportados ao chegarem em solo brasileiro fizeram queixas à forma que foram tratados pelo governo americano. “Somos tratados como terroristas. Fiquei lá 45 dias, mas tem pessoas de um ano e meio, dois meses, sete meses. É muito difícil”, revelou o pintor Fabiano Ferreira de Oliveira.
Segundo o deportado, as pessoas presas à espera de voltar ao Brasil são muito maltratadas nos centros de detenção. "É muito destrato, com crianças, com idosos. Tem pessoas que choram que estão em depressão, então é muito triste. O local é como se fosse uma pocilga de porco, porque toma banho no dia que eles querem, tratam de qualquer forma”
Conforme Bruno Renato, secretario nacional de proteção defesa dos direitos humanos, Bruno Renato, o Ministério das Relações Exteriores está fazendo tratativas com o governo americano sobre o assunto. " Está fazendo todas as tratativas junto ao governo americano para ajustar esse fluxo, sobre principalmente a frequência dessas aeronaves. Das formas como vão ser feitas essas remoções, principalmente a garantia dos direitos humanos é a garantia da unidade familiar”, comentou.
“A gente quer que as famílias sejam preservadas, as pessoas que estão em situação de maior vulnerabilidade, idosos, crianças, adolescentes, pessoas com deficiência tenham prioridade para a gente poder aqui, em território nacional, promover e garantir os direitos humanos dessas pessoas”, finalizou.