A cantora Nana Caymmi morreu, nesta quinta-feira (1º), aos 84 anos. A filha do compositor baiano Dorival Caymmi e da cantora Stella Maris estava internada na clínica São José, em Botafogo, Zona Sul do Rio, onde deu entrada em agosto do ano passado para tratar uma arritmia cardíaca. Batizada de Dinahir Tostes Caymmi, ela nasceu em 29 de abril de 1941 no Rio de Janeiro.

Em 1960, ainda adolescente, Nana gravou pela primeira vez como cantora em um disco do pai. A faixa “Acalanto” marcou sua estreia na música e foi uma homenagem do pai a ela. Ainda naquele ano, a cantora lançou seu primeiro compacto solo, contendo as músicas “Adeus”, de Dorival Caymmi, e “Nossos Beijos”, de Hianto de Almeida e Macedo Norte. Desde então, manteve uma carreira sólida de mais de 50 anos e lançou diversos discos em vida.

Chegou a vencer, 1966, o Festival Internacional da Canção com uma interpretação de “Saveiros”, composta por seu irmão, Dori Caymmi, e Nelson Motta. Foi casada com Gilberto Gil, e apresentou a composição “Bom Dia” no Festival da Música Brasileira, em 1967, na TV Record. O casal se separou em 1969 e a cantora começou a namorar o músico João Donato. Ela interpretou os grandes da música brasileira, como Tom Jobim, Milton Nascimento e Vinicius de Moraes.

“Neurótica”, como se autodefinia, e polêmica, Nana mostrou seu lado bolsonarista nos últimos anos e fez duras críticas a artistas como Caetano Veloso, Chico Buarque e até sua sobrinha Alice Caymmi em meio à defesa do ex-presidente.