O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) emitiu nota nesta quarta-feira (28) repudiando desdobramento de operação que prendeu grupo de cinco integrantes de uma organização criminosa, que tinha uma tabela de preços para monitorar e matar autoridades. A operação da Polícia Federal (PF) foi deflagrada hoje.
“Externo meu repúdio em razão da gravidade que representa à democracia a intimidação a autoridades no Brasil, com a descoberta de um grupo criminoso, conforme investigação da Polícia Federal, que espiona, ameaça e constrange, como se o país fosse uma terra sem leis. Que as autoridades competentes façam prevaceler a lei, a ordem e a competente investigação sobre esse fato estarrecedor trazido à luz.”
A operação acontece em meio a uma investigação sigilosa sobre venda de sentenças por servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. A medida foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O grupo cobrava R$ 250 mil para monitorar e matar ministros do STF, R$ 150 mil se a vítima fosse senador e R$ 100 mil no caso de deputados.
Autodenominada “Comando C4", sigla para “Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos”, a “agência de extermínio” era composta por civis e militares da ativa e da reserva.
Foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, quatro mandados de monitoramento eletrônico, seis mandados de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais.
Entre os presos, está o coronel do Exército Etevaldo Cacadini de Vargas, suspeito de ser um dos líderes da agência. A PF encontrou em sua casa uma tabela com valores para os assassinatos.
Foram presos também o auxiliar de obras Antônio Gomes da Silva, acusado de ser o atirador contra o advogado Roberto Zampieri, que deu início as investigações sobre venda de sentenças. Além dele, foram presos o instrutor de tiro Hedilerson Barbosa e Gilberto Louzada da Silva.
A Itatiaia tenta contato com a defesa dos investigados.