O ministro da Saúde do governo Lula, Alexandre Padilha, fez anúncios de quase R$ 1 bilhão para fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
As medidas foram divulgadas pelo ministro, na noite desta segunda-feira (16), durante o 38º Congresso do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), no Expominas, na região Oeste de Belo Horizonte.
Padilha resumiu os anúncios em três pilares. O primeiro é detalhar todas as regras do programa “Agora Tem Especialistas”, para que os municípios que queiram pegar recursos com o Ministério da Saúde possam fazê-lo. Isso pode acontecer tanto quanto na negociação das dívidas dos hospitais privados filantrópicos, quanto direto na nova tabela do SUS, que, de acordo com padilha, “enterra” de vez a tabela anterior.
“Para os procedimentos especializados, os municípios vão saber como pegar esse recurso, que a gente quer aumentar. Queremos por exemplo que as policlínicas funcionem sábado ou em terceiro turno para o atendimento de consulta especializada, de exames”, detalha.
O segundo ponto é a distribuição de 10 mil kits em todo o país com equipamentos como ultrassom portátil, equipamentos para análise do fundo do olho dos pacientes e equipamentos usados para diagnosticar problemas pulmonares. O objetivo é que os pacientes possam “resolver seu problema” nas unidades básicas de saúde, sem que haja necessidade de encaminhamento para centros especializados, o que diminuiria o tempo do atendimento ao usuário.
O terceiro ponto anunciado por Padilha, em parceria com o Conasems, é a qualificação de 90 mil equipes de saúde da família espalhadas pelo país para garantir qualidade no atendimento. “Quem vai lá acompanhar, supervisionar, para garantir um atendimento de mais qualidade. Inclusive, cada município que garantir mais qualidade no atendimento vai receber mais investimento do Ministério da Saúde. Os investimentos, só para as ações de fortalecimento da atenção primária em saúde, são de R$ 900 milhões”, destaca.
O Congresso é acompanhado por 2.500 secretários de saúde de todo o país. Com público de cerca de 13 mil pessoas, este é considerado o maior evento de saúde pública do mundo.