A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) anunciou um esquema especial para garantir a segurança nos próximos dias de dois eventos que prometem mobilizar Brasília: o julgamento do núcleo 1 da trama golpista, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no Supremo Tribunal Federal (STF), e do desfile cívico-militar de 7 de Setembro, que terá a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo a SSP-DF, a operação reunirá policiais locais e federais, incluindo a Polícia Judicial do STF. Serão usados drones com câmeras de imagem térmica para monitoramento contínuo, durante o dia e a noite, além do aumento do policiamento ostensivo. Haverá abordagem e revista de mochilas em situações suspeitas, seguindo determinação do Supremo, que já proíbe acampamentos e bloqueios na região.
A partir de segunda-feira (1) , será instalada na sede da Secretaria a Célula Presencial Integrada de Inteligência. O objetivo é monitorar redes sociais, identificar movimentações suspeitas e agilizar o compartilhamento de informações entre órgãos de segurança.
Além da segurança ao longo da Esplanada dos Ministério, o STF também terá segurança ostensiva e prevê o fechamento da Praça dos Três Poderes durante o período em que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro será realizado - marcado para começar no próximo dia 2 de setembro e com previsão de acabar no dia 12.
O reforço na segurança inclui o aumento no número de agentes, o uso de cães farejadores e mais controle de acesso de entrada nas dependências do tribunal.
Para o desfile, a Esplanada dos Ministérios será interditada na véspera, a partir das 17h, e à noite em outro trecho próximo à Rodoviária do Plano Piloto. No dia 7, o público terá acesso a partir das 6h, com pontos de revista. Estão proibidos armas, objetos cortantes, fogos, barracas, drones não autorizados e mochilas grandes. O Comando Móvel da Polícia Militar também estará presente.
Neste sábado, a operação já foi testada. Daniel Mourão, sargento reformado do Exército, foi preso após ameaçar explodir uma bomba em frente ao Supremo. O Bope negociou a prisão, e o Esquadrão Antibombas constatou que ele não possuía explosivos, apenas objetos pessoais. Segundo os bombeiros, o suspeito estava em surto psicótico e recebeu atendimento médico antes de ser encaminhado à Polícia Civil.