O presidente Lula (PT) afirmou que não mantém nenhuma expectativa sobre o resultado do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus pela suposta tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF). Em São Paulo, ao ser questionado sobre a ação penal contra seu principal adversário nas urnas na última eleição, em 2022, o petista respondeu que “ninguém está julgando ninguém pessoalmente” e defendeu a imparcialidade do processo.
“Tem os autos, tem delações, tem provas, e as pessoas que estão sendo acusadas têm o direito à presunção da inocência. Ele [Bolsonaro] pode se defender, assim como eu não pude me defender e não reclamei. Não fiquei chorando, fui à luta”, disse o presidente.
Nesta terça-feira (2), Lula foi até a capital paulista para prestar condolências aos familiares do jornalista Mino Carta, que morreu aos 91 anos após duas semanas de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês.
Ainda sobre o julgamento, Lula afirmou que espera que a justiça “seja feita”, com respeito ao direito à presunção da inocência de Bolsonaro e de seus aliados. “Desejo para mim e para qualquer inimigo meu apenas o direito à presunção da inocência, para que o Brasil saiba da verdade e apenas da verdade”.
Os réus do chamado “núcleo crucial” das investigações serão julgados pela Primeira Turma do Supremo:
Os réus serão julgados pela Primeira Turma do STF ao longo de duas semanas, em cinco sessões, com a expectativa de sentença apenas no último dia.
Confira as datas e horários:
Se condenados, as prisões dos réus não é imediata, com a pena passando a valer apenas quando o processo estiver concluído, não havendo a possibilidade de returno.
Neste primeiro dia, o ex-presidente não compareceu ao julgamento. Bolsonaro está em prisão domiciliar por determinação do ministro Alexandre de Moraes após descumprir medidas cautelares.
A Primeira Turma do Supremo é composta por cinco ministros: Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Flávio Dino e Cristiano Zanin.