O apresentador Raul Gil, de 87 anos, continua internado no Hospital Moriah, na zona sul de São Paulo, mas seu quadro de saúde apresenta melhora. Segundo boletim médico divulgado na tarde deste sábado (6), ele está estável e sob medicação.
De acordo com a equipe médica, Raul Gil “apresentou melhora do quadro abdominal com diminuição dos sinais inflamatórios e infecciosos”. O apresentador está sob os cuidados do doutor Sérgio Felizola.
Raul Gil deu entrada no Hospital Albert Einstein na última quarta-feira (3) após sentir um mal-estar. Depois de fazer exames, foi transferido para o Hospital Moriah, onde segue em recuperação.
Figura icônica da televisão brasileira, Raul Gil encerrou seu programa no SBT em dezembro de 2024, após 14 anos de exibição. Atualmente, ele e o filho, Raul Gil Júnior, produzem conteúdo para as redes sociais, migrando da TV tradicional para as plataformas digitais.
Em maio de 2023, o apresentador passou por uma cirurgia de raspagem da próstata no Hospital Albert Einstein. Na ocasião, o filho do apresentador afirmou que o procedimento foi um sucesso e que o pai se recuperava bem.
Em entrevista à Itatiaia, o médico Marcos Reis, Cirurgião Geral especialista em cirurgia Bariátrica e Robótica e coordenador da Quiron, Clínica Cirúrgica Avançada, explicou sobre a doença: “O abdome agudo por diverticulite é a inflamação dos divertículos, que são pequenas bolsinhas, que se formam no intestino grosso. É muito comum, acontece com a idade. Se for realizada a colonoscopia, grande parte dos pacientes idosos vão ter divertículos”.
Segundo o profissional, o paciente não costuma apresentar sintomas, mas quando os divertículos inflamam — normalmente por alguma obstrução das fezes — pode causar a diverticulite aguda devido à proliferação bacteriana.
Reis frisou que o quadro, na maioria das vezes, é resolvido apenas com antibiótico, mas o tratamento pode ser mais delicado se houver, por exemplo, perfuração do intestino como consequência do diagnóstico.
“Se o paciente tem o intestino perfurado por conta de peritonite fecal — extravasamento de fezes — muitas vezes é necessário operar, ressecar o segmento doente do intestino, drenar a cavidade e às vezes até confeccionar a colostomia. Isso varia de caso a caso, mas a indicação de cirurgia é para a minoria”, relatou.