Com a oficialização da candidatura à reeleição do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), prevista para hoje, ele se junta a outros 538 nomes que podem tentar novo mandato no pleito de outubro deste ano. O número equivale a cerca de 63% dos 853 chefe dos Executivo municipal em Minas Gerais. O cenário recente mostra uma queda no número de sucessos de quem tenta manter a administração das cidades no Brasil, que está em seu pior percentual no século de acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Segundo levantamento feito pela CNM, apenas 48,78% dos candidatos que tentaram a reeleição às prefeituras em 2020 conseguiram novo mandato. É a pior marca desde 2000, quando 61,92% dos que tentaram permanecer no cargo tiveram êxito. No pleito seguinte, 60,77% conseguiram a reeleição no país. Em 2008 foram 62,51%; em 2012, 62,53%; e em 2016, 49,48%.
O levantamento da CNM para 2024 aponta que, dos 853 prefeitos de Minas Gerais, 539 podem concorrer à reeleição neste ano. Não é certo que todos tentarão. O prazo para registrar oficialmente as candidaturas vai até 15 de agosto, segundo o calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Neste contexto, um dos cenários mais incertos do estado é justamente o da capital.
A tentativa de recondução de Fuad balança as candidaturas de esquerda na cidade. O campo progressista tem múltiplos nomes como pré-candidatos e as chapas estão condicionadas à força do atual prefeito em tentar manter a cadeira. O Partido dos Trabalhadores (PT) já lançou o deputado federal Rogério Correia como pré-candidato; o Partido Democrático Trabalhista (PDT) faz sua aposta na deputada federal e ex-vereadora de BH Duda Salabert; enquanto isso, a federação formada pelo Partido Socialismo e Liberdade (Psol) e o Rede Sustentabilidade tem três nomes nas deputadas estaduais Bella Gonçalves (Psol), Ana Paula Siqueira (Rede) e o ex-vice-prefeito Paulo Lamac (Rede).
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