O advogado Vinicius Antônio Simões, de 25 anos, esteve entre os passageiros do voo 4673 que sofreu uma pane no trajeto entre Belo Horizonte e Brasília na manhã desta quinta-feira (14/3). O avião decolou no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na Região Metropolitana, às 8h24 e solicitou retorno, pousando às 9h07 no meio da pista.
Vinícius contou ao Estado de Minas que percebeu algo errado no momento em que a equipe de bordo começou a entrar e sair da cabine do piloto. As luzes começaram a piscar e demoraram a reacender. Minutos depois, o comandante do voo anunciou o retorno por problemas técnicos. “Foi logo na metade do voo, mais ou menos uns 45 minutos após a decolagem. Comecei a perceber o avião acelerar e perder altitude”, narrou o advogado.
A aeronave possui capacidade para 136 pessoas, no entanto a companhia área Azul, responsável pelo voo, não informou a quantidade de pessoas embarcadas. O passageiro ainda afirmou que "ninguém se desesperou e passou mal durante a pane". "A equipe chegou a passar umas três vezes repetindo instruções básicas, como apertar o cinto de segurança e retirar as bagagens acima da cabeça. Não teve aquela coisa de descerem as máscaras de oxigênio, por exemplo.”
O trajeto de volta, apesar da suposta perda de altitude, não teve ocorrência de turbulências e movimentos bruscos. O pouso aconteceu no meio da pista. “O piloto pediu para que ninguém se levantasse, pois o avião seria rebocado. O Corpo de Bombeiros e a equipe técnica já estavam lá, mas o reboque demorou”, explicou Vinicius.
Ao retornar ao aeroporto em Confins, os passageiros foram remanejados para o próximo voo com destino à Brasília. Em nota, o BH Airport informou que “realizou o procedimento padrão com todo o apoio necessário para garantir a segurança das pessoas e da operação”.
A Azul destacou em pronunciamento que os clientes receberam toda assistência necessária, conforme prevê a resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e foram reacomodados em outros voos da própria companhia. “A Azul lamenta eventuais transtornos causados aos clientes e reforça que ações como essa são necessárias para garantir a segurança de suas operações, valor primordial para a Azul”.