a última quarta-feira (28) foi comemorado o Dia do Doador de Corpos, que faz homenagem às pessoas que decidiram entregar seus corpos para estudos científicos. E o g1 conta a história de um idoso do Norte de Minas que tomou esta decisão.
Honor Vieira Fróes, carinhosamente conhecido como seu Nonô, nunca foi aluno, funcionário ou professor da Universidade Estadual de Montes Claros. No entanto, a Unimontes sempre teve um lugar especial na vida dele, por isso o idoso manifestou o desejo de contribuir com a instituição doando seu corpo para fins de estudo. A família cumpriu a vontade dele, que faleceu aos 95 anos.
"O conhecimento que ele teve foi através da experiência de vida dele, do trabalho dele. Ele não tinha estudo, fez até quarta série, mas era um amante da ciência", contou a neta Ana Paula Fróes.
Seu Nonô nasceu em Saracura, na zona rural de Juramento, município que possui 3.768 habitantes, de acordo com o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Ele trabalhou a vida toda como agricultor na zona rural.
"Ele se dedicava à agricultura, cultivando hortaliças e frutas, além de criar animais. Era um conhecedor nato, sempre interessado nas áreas em que trabalhava e em outros assuntos que envolviam o país."
Movido pelo desejo de sempre aprender, seu Nonô chegou a procurar pela Unimontes com o objetivo de assistir a uma aula de anatomia. Em 2012, o agricultor esteve na reitoria da instituição e manifestou um desejo: doar seu corpo para fins de estudo e pesquisa.
"O senhor Honor chegou até a universidade com a professora do curso de medicina e demostrou o desejo de que o corpo dele ficasse na universidade após sua morte. Nós o orientamos sobre o que era preciso ser feito", disse o procurador da instituição, Henderson Ogando.
Campus da Unimontes, em Montes Claros — Foto: Unimontes/Divulgação
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