Navio de R$ 334 milhões tomba com 75 pessoas a bordo

O navio “Manawanui” da Marinha da Nova Zelândia encalhou e afundou perto de Samoa na noite de sábado (5/10). De acordo com comunicado da Força de Defesa neozelandesa, todos os 75 tripulantes e passageiros a bordo foram salvos.

A embarcação encalhou na costa sul de Upolu enquanto realizava uma pesquisa de recifes. Algumas pessoas resgatadas sofreram ferimentos leves, inclusive por terem atravessado as formações rochosas. Outros navios responderam ao pedido de ajuda e auxiliaram no resgate das pessoas a bordo, que haviam deitado o Manawanui em bote salva-vidas. 

As autoridades samoanas receberam um chamado de socorro pouco antes das 19 horas de sábado à noite. Pequenos barcos foram despachados com o aviso de que a água estava invadindo a embarcação e sua tripulação deveria ser evacuada. 

Vários veículos foram enviados para ajudar, incluindo um avião P-8A Poseidon da Força Aérea Real da Nova Zelândia e uma aeronave C-130J, informou a Marinha neozelandesa. 

Às 5 da manhã de domingo, os 75 passageiros foram resgatados, mas testemunhas disseram que fumaça estava subindo dos destroços que estavam afundando. Dave Poole, pessoa que presenciou o acidente, disse à CNN que os moradores da região ficaram preocupados com as consequências ambientais. 

O primeiro-ministro da Nova Zelândia, Chris Luxon, disse que “kits de derramamento ambiental” foram enviados para minimizar os efeitos. O motivo do entalhamento é desconhecido e requer uma investigação mais profunda.

O Comandante do Componente Marítimo, Comodoro Shane Arndell, disse estar “muito grato pela ajuda de todos os envolvidos, desde o RCCNZ, que coordenou os esforços de resgate, até os navios que responderam e levaram nossa tripulação e passageiros de Manawanui para um local seguro”.  

Navio encalhado era usado como embarcação de apoio

O Manawanui foi comprado pela Marinha da Nova Zelândia, em 2018, por US$ 61 milhões - aproximadamente R$ 334 milhões em conversão direta. As autoridades explicam que ele foi projetado para “visitar portos e realizar aproximações antes que navios maiores desembarquem equipamentos de apoio e pessoal, sejam para combate ou socorro em desastres”. 

Esse é o primeiro naufrágio desde a Segunda Guerra Mundial, disseram representantes da Marinha neozelandesa.