O casal preso suspeito de participação na morte brutal do idoso César Sebastião Gomes, de 61 anos, nega o crime e rebate as informações do Boletim de Ocorrência (BO), registrado no bairro Jardim Serra Azul, em Mateus Leme, na Grande BH, na noite de terça-feira (18). O casal falou com a reportagem da Itatiaia sobre o caso. Conforme a Polícia Militar (PM), o idoso e a mulher presa, de 38 anos, foram flagrados por uma filha mantendo relações sexuais na casa da família. A criança achou que se tratava de estupro, avisou o pai, que foi ao local com dois cunhados e encontraram os dois nus.
Ainda conforme a PM, o idoso foi agredido e morto a facadas pelos três homens logo após sair do imóvel. Depois do crime, a mulher teria dito que a relação foi consensual. Preso, o marido da mulher diz que sequer conhecia César. Ele ainda reforça acreditar na esposa e, por isso, vai manter o casamento. “Se eu não peguei nada disso, vou largar minha esposa pra quê?”, questionou o homem.
O casal tem quatro filhos. O homem diz trabalhar de segunda a segunda para sustentar as crianças, todas menores de idade. “Eu nem sei quem é esse César, nunca vi. Tava lá dentro de casa com meus meninos, os policiais chegaram adentrando na minha residência sem bater, sem chamar, sem nada. Depois me tiraram para fora e me algemaram. Foi só".
A mulher também rebate as informações oficiais da PM e disse que viu César pela primeira vez em um bar, quando o idoso teria pedido para ela pagar uma dose de cachaça.
“Fui à mercearia comprar arroz, aí ele foi e falou assim: ‘você paga uma pinga para mim?’ Eu paguei a pinga para ele. Depois disso, não vi mais”. Ao ser confrontada com a informação do BO sobre uma possível relação sexual, ela foi categórica: “Eu não tive relação sexual com ele, não. Eu nem conheço ele. Tem pouco tempo que eu moro no bairro, tem um mês e 15 dias”, disse a mulher, que ainda minimizou a possível fala da filha.
“Não teve isso, não. Tem hora que não pode dar nem muito ouvido para o que meus meninos falam. Eu não conheço esse moço e tava todo mundo lá em casa. Quem tava lá em casa eram meus irmãos, meus meninos. O pai dos meus meninos tava trabalhando”, disse.
O sargento Madeira Júnior, da 7ª Cia Independente, confirmou as informações do BO, inclusive sobre o aviso do suposto abuso da criança para o pai. “A menina sai e fala que a mãe tava sendo abusada e a mãe fala que tava sendo estuprada. Após o fato, depois do homicídio consumado e tudo mais, ela fala para o marido que não tinha sido estupro, que tinha sido consensual”, disse o militar, que explicou como o idoso foi morto. “Ele tomou um soco no queixo que quebrou a mandíbula e foram desferidos 10 golpes de faca na região peitoral”.
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