O ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), afirmou que as anotações contendo críticas ao sistema eleitoral brasileiro e descrédito às urnas eletrônicas eram “documentos pessoais, privados”. Ele nega que a Abin tenha tentado provar fraudes no pleito.
“São documentos pessoais, privados, não houve difusão qualquer, encaminhamento qualquer, era algo privado, com opiniões privadas minhas. Todas as questões, eram anotações privadas diversas”, destacou o parlamentar.
Ramagem é réu na ação que apura tentativa de golpe de Estado junto a outras sete pessoas, apontadas como parte do “núcleo crucial” das movimentações golpistas.
Segundo a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Ramagem costumava documentar as orientações que repassava a Bolsonaro, “o que permitiu a identificação de outras ações” em relação ao plano golpista.
A denúncia ainda aponta que, sob o comando de Ramagem, foi criada uma “Abin paralela”, com objetivo de disseminar ataques contra o sistema eleitoral brasileiro e monitorar opositores de Jair Bolsonaro (PL).
O deputado federal foi denunciado por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, dentre outros crimes.
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