Após a audiência pública das Comissões de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados que recebia o ministro da Fazenda Fernando Haddad nesta quarta-feira (11) ser encerrada por uma discussão envolvendo, além do ministro, os deputados federais Rogério Correia (PT), que presidia a reunião, e Nikolas Ferreira (PL), os parlamentares mineiros seguem trocando acusações pelas redes sociais.
A postagem de Nikolas chama o ministro de ‘fujão’, repetindo o adjetivo que o próprio ministro tinha usado contra ele durante a sessão.
“Haddad me chamou de fujão, mas a cadeira que está vazia não é a minha. Basicamente veio me chamar de moleque, atitude de molecagem, falou que eu fugi do debate porque não estava aqui. Eu voltei, fiz uma questão de ordem. O presidente da Comissão, que era do PT, não deixou eu fazer essa questão de ordem porque eu ia responder o ministro Haddad”, postou.
Mais cedo, Fernando Haddad afirmou que a bancada bolsonarista, assim como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), fogem do debate. “Não querem ouvir a explicação, não querem dar a chance do diálogo”, disse (Veja o contexto abaixo).
Rogério Correia, por sua vez, disse, pelas redes sociais, que a audiência foi encerrada porque cumpriu seu objetivo, que era confirmar, junto ao ministro, que o governo federal editaria a medida provisória que, segundo ele, vai ‘apertar os que estão na cobertura’, em alusão ao projeto de lei que altera as regras do Imposto de Renda. Para o deputado do PT, os opositores perderam no argumento e apelaram para o que chamou de ‘baderna’.
“O ministro Haddad colocou isso com muita clareza. Agora, aqueles que protegem os mais ricos, os bolsonaristas estão no meio disso, não gostam de escutar. Como o argumento deles é fraco é melhor a baderna. O Nikolas, por exemplo, é o baderneiro mor. Fala, vai embora, volta, faz bagunça e vai. Foi isso que acabou dando confusão. O ministro já tinha explicado tudo e eles não queriam ouvir mais ficou já esclarecido, acho que a reunião foi de bom tamanho, apesar da baderna”, disse.
Tudo começou quando Nikolas, ao lado do deputado federal Carlos Jordi (PL-RJ), fez duras críticas ao governo Lula (PT) no encontro, chamando a administração de incompetente. Antes da resposta de Haddad, os dois deputados se retiraram da sala, uma vez que, segundo eles, outras comissões aconteciam simultaneamente e eles precisavam acompanhá-las.
Haddad não gostou da atitude e disse que os dois fugiam do debate. “Eu não consigo debater. Aparecem dois deputados, fazem as perguntas e saem. É só para aparecer. O Bolsonaro também fugiu dos debates comigo em 2018. Não querem ouvir a explicação, não querem dar a chance do diálogo. É um pouco de molecagem”.
Jordi, então, retornou à comissão para rebater as declarações do ministro. “Não venha querer cantar de galo na Câmara dos Deputados, porque o senhor é ministro mas eu sou deputado. Respeite o parlamento. Moleque é você”.
Depois, Nikolas Ferreira também retornou à audiência e apresentou uma questão de ordem - uma prerrogativa usada nas reuniões para tirar uma dúvida sobre a interpretação ou aplicação de um regimento interno ou de um código de conduta durante um processo legislativo ou um julgamento. Rogério, que presidia a audiência questionou qual seria a questão de ordem, e o bate-boca entre os parlamentares teve início
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