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Homem é preso e indiciado por espancar violentamente pinscher em João Pinheiro

Animal é da namorada, que filmou as cenas de agressão, mas não acionou a polícia. Ela também foi indiciada por maus-tratos contra animais na forma omissiva.

24/09/2024 às 07h41
Por: Carlos ball Fonte: patosagora
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Homem é preso e indiciado por espancar violentamente pinscher em João Pinheiro

Um homem de 24 anos, investigado por espancar violentamente um cachorro de pequeno porte da raça pinscher, foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais em João Pinheiro, no Noroeste de Minas.

A namorada do suspeito de 38 anos, que filmou as cenas de agressão, mas não acionou a polícia, também foi indiciada por maus-tratos contra animais de forma omissiva.

De acordo com a Polícia Civil, no dia 6 de setembro o investigado deu diversos tapas na cabeça e no rosto do cão, torceu o pescoço dele, o levantou pela orelha e ainda jogou o animal contra a parede. As agressões eram intercaladas com períodos de pausa e retomadas repetidamente.

Toda a cena de tortura foi filmada pela namorada do indivíduo, que o confrontou posteriormente e o expulsou de casa. O vídeo foi compartilhado com várias pessoas, e só então chegou ao conhecimento da polícia.

No dia 9 de setembro, o cão foi resgatado pela Polícia Militar Ambiental em estado grave.

Investigação

A Polícia Civil apurou que o casal se relacionava há aproximadamente seis meses, e o homem frequentava constantemente a casa da namorada. Os principais sinais de maus-tratos contra o animal foram percebidos pelo filho da investigada, de 10 anos, que suspeitou das agressões e pediu para morar com o pai.

Interrogada, a mulher disse à polícia que inicialmente não acreditou nas suspeitas do filho, mas notou posteriormente mudanças no comportamento do cão, incluindo dificuldade de locomoção, sangramento bucal, perda de apetite e apatia.

No dia 6 de setembro, a suspeita ouviu latidos do cão e viu o namorado agachado ao lado dele. Suspeitando de maus-tratos, a mulher escondeu o celular para filmar o homem. Mais tarde, ela saiu de casa para a academia, deixando-o sozinho com o cachorro.

“Durante quase três horas e meia, cenas de extrema crueldade e violência foram registradas pelo celular. Os depoimentos revelaram um padrão de omissão por parte da investigada, que demorou a agir mesmo tendo suspeitas das agressões", disse o delegado responsável pelo caso, Danniel Pedro.

O inquérito policial foi concluído com o indiciamento dos suspeitos e encaminhado à Justiça para as providências cabíveis.

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