Um estudo brasileiro pode representar um grande avanço no diagnóstico e tratamento do câncer de mama. A doença é a primeira em mortes por câncer entre as mulheres no Brasil. De acordo com o INCA, Instituto Nacional do Câncer, a estimativa é de que tenhamos, no Brasil, 73.610 novos casos de câncer de mama até 2025.O estudo, único do gênero no mundo, é desenvolvido pelo pesquisador, mastologista e presidente do Departamento de Imagem e Procedimentos Minimamente Invasivos da Mama da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Henrique Lima Couto e foi apresentado em um dos mais prestigiados congressos de imagem da mama do mundo, o EUSOBI – Congresso Anual da Sociedade Europeia de Imagem Mamária, realizado em Lisboa, no mês de outubro.
A técnica é conhecida como Mamotomia e já é usada desde 1996, no entanto, apenas restrita à biópsia diagnóstica para determinar se uma lesão é maligna. A inovação deste estudo está na possibilidade de realizar o diagnóstico e o tratamento ao mesmo tempo, o que representa um grande avanço no combate ao câncer de mama. "Essa é uma notícia que traz esperança, já que o Brasil enfrenta grandes desafios no diagnóstico e tratamento do câncer de mama. A detecção precoce é essencial para o sucesso do tratamento, e essa técnica tem o potencial de reduzir drasticamente os custos, reduzir o tempo de diagnóstico e tratamento do câncer, e melhorar consideravelmente a qualidade de vida das pacientes, evitando-se uma cirurgia tradicional com um procedimento que dura em média 23 minutos", destaca o pesquisador.
Segundo o pesquisador Henrique Lima Couto, o método mostrou-se eficaz no diagnóstico e tratamento de pequenas lesões únicas de até 15 mm. A pesquisa está em andamento há 10 meses, na clínica Redimama, em Belo Horizonte e até o momento, em torno de 50 mulheres foram submetidas ao procedimento com elevada taxa de sucesso.
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