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Estudante com diabetes usará celular em vestibular

Aparelho precisará estar desconectado da internet e, caso precise ser utilizado, será fiscalizado pelo aplicador. O estudante estará em sala individual

14/12/2024 às 07h22
Por: Ball da rádio Fonte: em
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Estudante com diabetes usará celular em vestibular

Aos 16 anos, o filho de Rosana Vieira, de 47 anos e advogada, está ingressando no universo dos vestibulares. No entanto, para ele, a rotina de preparação é diferente da maioria dos estudantes. O jovem tem diabetes mellitus, também conhecida como diabetes tipo 1, uma doença autoimune causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina. Por isso, para o estudante, é preciso solicitar antecipadamente o direito de monitorar os níveis de glicemia, ato fundamental para quem tem diabetes mellitus, durante a realização da prova.

Foi pela necessidade de monitoramento e possível aplicação de insulina exógena que a família dele precisou solicitar um mandado de segurança para este fim de semana. Neste sábado (14) e domingo (15), o aluno, que está no 1º ano do ensino médio, vai realizar a primeira etapa do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) para a Universidade Federal de Juiz de Fora.

O objetivo do pedido é garantir que ele possa verificar os níveis glicêmicos por meio do medidor de glicose FreeStyle Libre, que é ligado a um aplicativo no celular e não precisa estar conectado à internet para funcionar. "Para ele disputar em igualdade de oportunidades, ele precisa poder usar os medicamentos, e os medicamentos dele também são a tecnologia", diz Rosana Vieira. Ela argumenta que, ao ficar atenta aos níveis glicêmicos, evita que o filho passe mal — por hiperglicemia ou hipoglicemia — e, consequentemente, seja prejudicado na realização do exame.

“Pode acontecer, se ele não ficar atento, uma hipoglicemia grave. A hipoglicemia já diminui a capacidade dele de concentração, e a hipoglicemia grave pode até causar uma crise convulsiva”, afirma Christianne Leal, endocrinologista. No caso de uma hiperglicemia, o estudante pode sentir mal-estar, tontura, cefaleia e piora na concentração, diz ela, também professora adjunta do Departamento de Clínica Médica da UFJF.

A solicitação foi aprovada pela 3ª Vara Federal de Juiz de Fora nesta sexta-feira (13/12). Foi permitido que, “durante a realização da prova, o aparelho de celular fique a menos de 2 metros de distância do impetrante”. Além disso, foi concedida a permissão para que ele consulte o aplicativo no celular ligado ao sensor de glicose, caso se sinta mal ou haja disparo do alarme de alerta sobre o nível da glicemia. A medida de segurança garante também que ele não seja punido caso o disparo sonoro aconteça durante a prova.

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