O prefeito de Leopoldina, Pedro Augusto Junqueira Ferraz (PL), decretou nesta segunda-feira (16/12) a intervenção administrativa na Casa de Caridade Leopoldinense, o único hospital da cidade. A decisão foi motivada por investigações conduzidas pelo Ministério Público de Minas Gerais, que identificaram possíveis irregularidades na gestão da unidade.
O secretário municipal de Saúde, Márcio Vieira Machado, foi nomeado como interventor interino, substituindo a diretoria e o conselho do hospital. Segundo a prefeitura na Zona da Mata mineira, a medida visa garantir a continuidade dos serviços de saúde à população, preservando os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).
A operação "Onipresença", deflagrada na última quinta-feira (12) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público estadual, apurou fraudes envolvendo médicos anestesistas do hospital. Quatro profissionais foram presos por cumprir plantões em outras cidades, como Além Paraíba e Muriaé, no mesmo horário em que deveriam atender pacientes do SUS em Leopoldina.
Durante a ação, 30 mandados foram cumpridos, incluindo quatro de prisão temporária, seis de afastamento de funções e 20 de busca e apreensão em Leopoldina e Além Paraíba. Em residências de três médicos, foram encontrados quase R$ 500 mil em dinheiro, além de cinco armas de fogo sem registro.
O Ministério Público também apontou práticas de ocultação de erros médicos, subtração de materiais cirúrgicos e outras fraudes na administração da Casa de Caridade Leopoldinense.
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