A deputada federal Carla Zambelli (PL) afirma que vai recorrer da decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal de condená-la a 10 anos de prisão e perda do mandato parlamentar. Com a condenação no caso da invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça, com o hacker Walter Delgatti, também condenado, Zambelli também fica inelegível - impedida de ser eleita nos próximos anos.
Em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (15), Zambelli e seu advogado, Daniel Bialski, questionaram a forma como o STF julgou o caso.
Zambelli afirmou que “não sobreviveria na prisão” e que vai providenciar relatórios médicos mostrando que não pode cumprir a pena em regime fechado.
“Eu estou pegando vários relatórios dos meus médicos e eles são unânimes em dizer que eu não sobreviveria na cadeia”.
Bialski afirmou que não há provas de que Zambelli tenha participado da invasão e que os argumentos de Alexandre de Moraes foram “fracos”.
“A tese do porte legal é fraca, porque eu tinha porte federal. A tese da invasão ao CNJ é fraca, porque não tem prova”, aponta.
Ele questionou ainda que o julgamento ocorreu de forma online, sem a chance de fazer sua sustentação oral em plenário.
Questionada se se sentiu abandonada por outros parlamentares, Carla Zambelli disse que não, que já recebeu mais de 200 apoios, inclusive da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro e dos filhos do ex-presidente. Mas não de Bolsonaro.
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