Acontece nesta quarta-feira (25) a audiência de instrução e julgamento do processo que investiga o acidente na BR-116 que matou 39 pessoas em 21 de dezembro do ano passado em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri de Minas Gerais.
A previsão é que a oitiva comece às 10h. Serão ouvidos réus, testemunhas e vítimas.
Entre os acusados de serem os culpados pela tragédia está o caminhoneiro Arilton Bastos Alves, que foi denunciado suspeito de dirigir sob efeito de drogas e com a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) suspensa.
Arilton está preso desde março, após uma decisão judicial que considerou sua conduta como gravíssima. Ele responde por homicídio qualificado e tentativa de homicídio de outros 11 sobreviventes.
Também será ouvido o empresário Hudson Foca, dono da transportadora HMA Transportes, acusado de falsidade ideológica por supostamente manter a atividade da empresa com documentação irregular.
De acordo com a Polícia Civil (PC), o acidente foi provocado pelo excesso de peso da pedra de granito, que totalizava 103 toneladas, o que representa um sobrepeso de mais de 70% em relação à capacidade do semirreboque.
A carga se desprendeu e foi atingida pelo ônibus da empresa Emtram, que pegou fogo em seguida.
Ainda conforme apurado pela perícia, o veículo trafegava a mais de 90 km/h no momento do acidente, sendo que o limite de velocidade da via no trecho é de 80 km/h.
Trinta e nove pessoas, que estavam no ônibus de passageiros da Emtram, morreram no desastre. O veículo saiu de São Paulo com 45 ocupantes e tinha como destino a três cidades da Bahia.
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