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Atropelamentos crescem 14% em BH e pedestres relatam medo ao atravessar ruas

De janeiro a abril, mais de 430 pessoas foram atropeladas na capital; especialista critica estrutura urbana e aponta falta de segurança para quem anda a pé

06/08/2025 às 07h29
Por: Ball da rádio Fonte: itatiaia
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Atropelamentos crescem 14% em BH e pedestres relatam medo ao atravessar ruas

O número de atropelamentos em Belo Horizonte cresceu 14% nos quatro primeiros meses de 2025. Segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), foram 430 registros entre janeiro e abril, contra 415 no mesmo período do ano passado.

O crescimento é ainda mais evidente na comparação mês a mês. Em fevereiro, por exemplo, foram 113 casos — um aumento de 20% em relação aos 94 atropelamentos registrados no mesmo mês de 2024.

Apesar do discurso de cautela nas ruas, muitos pedestres admitem que a travessia nem sempre é segura, mesmo seguindo as regras. A autônoma Bárbara Domingos Gonçalves, de 41 anos, afirma que sempre atravessa na faixa, por medo. “Eu atravesso na faixa, até mesmo porque tenho medo de morrer, de ser atropelada. Então, atravesso sempre na faixa”, disse.

O motorista profissional Renato Maia, de 58, também reforça a importância de seguir a legislação de trânsito. “Tem que colocar em prática aquilo que a gente aprendeu. Mas, graças a Deus, nunca tive problema no trânsito”, contou.

Já Luzileite Costa, de 46, atualmente desempregada, diz que sempre dá preferência para atravessar onde há sinalização, principalmente depois que a mãe foi atropelada em uma faixa elevada, em Contagem.

“Mesmo em cima da faixa, um carro veio e a atropelou. Ou seja, nem sempre o pedestre está seguro. A gente tem que parar, olhar e esperar para ver se os motoristas realmente vão parar”, alertou.

Para o especialista em trânsito Aguimar Bento, do CEFET-MG, o aumento nos atropelamentos está diretamente ligado à forma como as cidades brasileiras foram planejadas — com foco nos veículos, e não nos pedestres. “A gente tem um sistema viário que privilegia o automóvel. O pedestre encontra muitas dificuldades para circular, e muitas vezes precisa caminhar longas distâncias até acessar uma travessia segura”, explicou.

 

Segundo ele, a pressa generalizada e a falta de educação no trânsito agravam ainda mais a situação. “O fenômeno da pressa atinge tanto pedestres quanto motoristas. Em Belo Horizonte, por exemplo, o uso de corredores por motos é muito comum. Todo mundo com pressa, e no fim, ninguém chega a lugar nenhum”, concluiu.

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