Em novo julgamento, nesta quarta-feira (6/3), Paulo Henrique da Rocha, de 33 anos, foi condenado pelo Tribunal do Júri de Belo Horizonte, pela segunda vez, a uma pena de 41 anos e quatro meses de prisão em regime fechado. Ele é acusado de cometer duplo homicídio, contra a ex-namorada e o filho dela, em frente a uma academia no Bairro Ipiranga, Região Nordeste de BH, em 2019.
Em 2022, ele chegou a ser condenado a pena semelhante, mas a condenação foi anulada. Porém, durante a audiência desta quarta, os jurados rejeitaram a tese defensiva de semi-imputabilidade do acusado e o condenaram pelo crime de feminicídio consumado, triplamente qualificado, cometido contra a mulher de 44 anos, e pelo crime cometido contra o filho dela, de 22 anos.
O juiz Ricardo Sávio de Oliveira negou o direito de recorrer em liberdade e manteve a prisão preventiva do acusado.
O condenado tinha um relacionamento conturbado com a vítima, Tereza Cristina, de 44 anos, que o denunciou por inúmeras ameaças, humilhações e agressões. O homem também nutria ciúme doentio do filho da vítima, de 22, e o acusou de manter relações sexuais com a própria mãe.
O crime aconteceu no dia 29 de julho, quando o homem abordou mãe e filho enquanto saíam de uma academia e efetuou os disparos fatais.
De acordo com a denúncia, os crimes foram cometidos por "motivo torpe, qual seja, abjeto sentimento de possessividade e rejeição, a demonstrar a sua flagrante insensibilidade moral". Além disso, o crime que vitimou a mulher se enquadra em um contexto de violência doméstica e familiar.
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