O padre Egídio de Carvalho Neto, de 57 anos, se tornou réu após nova denúncia apresentada pelo Ministério Público da Paraíba. O ex-diretor do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, é suspeito de desviar mais de R$ 140 milhões da instituição e será julgado por pagamento de propina, desvio de finalidade, lavagem de dinheiro e apropriação indébita de valores repassados pelos cofres públicos à unidade de saúde.
A Arquidiocese da Paraíba disse, em nota, que colabora “integralmente com as investigações em curso, respeitando o segredo de justiça estabelecido pelas autoridades competentes”.
Em outubro de 2023, o padre foi preso, alvo da Operação Indignus - atualmente ele cumpre prisão domiciliar. As investigações apontaram que Egídio usou parte do valor desviado para comprar imóveis de luxo.
A denúncia recente mostra que uma das propriedades adquiridas pelo sacerdote foi transferida, pouco tempo depois, para um bebê, de um ano e 11 meses à época, que não possui parentesco com Egídio. O suspeito teria feito isso para ocultar as origens dos recursos utilizados na compra do apartamento avaliado, atualmente, em cerca de R$ 700 mil.
O imóvel, localizado na região da praia de Cabo Branco - área nobre de João Pessoa -, foi adquirido pelo padre em janeiro de 2022. Logo após, Egídio deu início a troca de proprietário, no entanto, a transferência se concretizou somente em dezembro do mesmo ano, informou o Ministério Público.
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