A Secretária de Segurança Pública de São Paulo informou nesta terça-feira (11) que peritos do Instituto de Criminalística (IC) estão na residência de Maicol Antônio Sales dos Santos para identificar possíveis vestígios de sangue de Vitória Regina Andrade. A adolescente de 17 anos foi encontrada morta no dia 5 de março após desaparecer na semana anterior.
Ainda conforme informações da SSP, os agentes estão utilizando um scanner para identificar os vestígios. Além disso, nove celulares foram apreendidos e encaminhados para extração de dados.
O órgão também frisou que os laudos periciais solicitados ao IC e ao IML estão em andamento e, assim que concluídos, serão analisados pela autoridade policial.
Maicol Antônio Sales dos Santos é um dos suspeitos de ter participado do assassinato de Vitória e é dono de um carro que, supostamente, teria sido utilizado para perseguir a adolescente. À polícia, ele disse que estava com a esposa na data do desaparecimento da jovem, contudo, a mulher negou a versão de Maicol. A esposa do suspeito afirmou que na data tinha dormido na casa dos pais.
No veículo, foram encontrados vestígios de sangue e fio de cabelo, que estão sendo analisados pelas autoridades. Maicol foi preso temporariamente.
Vitória Regina de Andrade, de 17 anos, saiu do trabalho em um shopping de Cajamar na noite do dia 26 de fevereiro, desapareceu e foi encontrada morta no dia 5 de março. O corpo da adolescente foi encontrado em uma área de mata na zona rural de Cajamar, a poucos quilômetros da casa onde morava. Segundo as autoridades policiais, Vitória foi encontrada com a cabeça raspada, decapitada e com sinais de tortura e facadas.
Na noite que desapareceu, Vitória chegou a enviar mensagens para uma amiga contando que estava com medo no trajeto de volta para casa. Em um primeiro momento, enquanto estava no ponto de ônibus esperando pelo segundo ônibus, a adolescente disse que estava com medo de dois homens que estavam com ela no local. Segundo informações da polícia, câmeras de segurança captaram o momento em que os três entraram no ônibus. No coletivo, Vitória disse à amiga que estava mais tranquila e que estava tudo bem.
Ao descer no ponto de ônibus próximo à casa da adolescente, Vitória voltou a mandar mensagens para a amiga dizendo estar com medo. Enquanto fazia o trajeto a pé para casa, dois homens em um carro teriam mexido com ela e, em seguida, entrado em uma favela. “São uns caras em um carro! Eles falaram: ‘e aí, vida. Tá voltando?’. Aí meu Deus do céu vou chorar. Vou ficar mexendo no celular. Não vou nem olhar para eles”, disse em um áudio para amiga. Em seguida, ela continuou: “Ai, deu tudo certo. Eles entraram para dentro da favela”. Depois das mensagens, Vitória desapareceu.
Na data, excepcionalmente, a adolescente iria fazer o trajeto do ponto de ônibus até a casa dela sozinha porque o veículo do pai dela havia estragado. Carlos Alberto Souza buscava a filha todos os dias.
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