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Ataque de onça que matou caseiro no Pantanal é o segundo caso registrado no país

Segundo o ICMBio, ataques de onças contra humanos são extremamente raros e, os letais, são praticamente inexistentes; convivência entre humanos e onças pode aumentar chances de ataque

26/04/2025 às 07h25
Por: Carlos ball Fonte: itatiaia
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Ataque de onça que matou caseiro no Pantanal é o segundo caso registrado no país

O ataque de uma onça-pintada que matou um caseiro no Pantanal foi o segundo já registrado na história do país, de acordo com informações do Instituto Chico Mendes (ICMBio). Os restos mortais de Jorge Ávalo, de 60 anos, foram encontrados próximo ao rancho onde ele trabalhava, na zona rural de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul, na última terça-feira (22).

animal foi capturado nessa quinta (24) e levada para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande. Segundo o órgão, o animal é macho , tem 94 kg e apresentava um comportamento de alta habituação ao ser humano.

Vídeos publicados nas redes sociais mostram que as onças eram frequentemente alimentadas por pessoas da região. “Tal prática traz riscos para todas as pessoas que transitam no local ou que ali residem, podendo culminar em acidentes fatais”, disse o ICMBio em nota enviada à Itatiaia.

A Polícia Militar Ambiental instalou armadilhas fotográficas para identificar possíveis outras onças na região onde o caseiro morava.

Conforme o ICMBio, os ataques de onças contra humanos são extremamente raros e, os letais, são praticamente inexistentes. Há apenas apenas dois casos oficialmente confirmados no Brasil. O órgão ressalta, no entanto, que as ocorrências podem estar subnotificadas.

“De qualquer forma, certas situações — principalmente as que envolvem habituação, como neste incidente — podem aumentar as chances de acidentes. Esse hábito representa risco para os moradores locais e visitantes, pois faz com que as onças percam o medo da presença humana”, diz trecho da nota.

O que fazer para evitar um ataque de onça?

  • Evite caminhar sozinho: Trilhas em grupo são mais seguras, pois o barulho e o número de pessoas tendem a afastar os animais.
  • Faça barulho durante a trilha: Converse, cante ou bata o bastão de caminhada nas pedras. O objetivo é não surpreender a onça — o maior risco é assustá-la.
  • Evite trilhas à noite, ao amanhecer e ao entardecer: Onças são mais ativas nesses horários (crepusculares e noturnas).
  • Não corra - Se avistar uma onça, mantenha a calma. Correr pode estimular o instinto de perseguição.
  • Mantenha contato visual e recue devagar - Tenha o animal no campo de visão, mas olhe sem desafiá-lo, sem demonstrar medo, e afaste-se devagar, sem virar as costas.
  • Jamais se aproxime de filhotes - A mãe pode estar por perto e se tornar agressiva ao tentar protegê-los.
  • Evite levar cães - Cães podem provocar as onças, que os veem como ameaça ou presa, o que pode aumentar o risco de ataque.
  • Preste atenção a sinais de presença - Pegadas frescas, fezes, arranhões em árvores ou carcaças de animais são indícios de que a onça pode estar por perto.

Relembre o caso

Na manhã de terça-feira (22), policiais militares ambientais encontraram os restos mortais do caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, em Aquidauana, no Pantanal sul-mato-grossense. A autoria do ataque foi associada a uma onça-pintada que andava pela região.

Parte dos restos mortais estavam dentro de uma toca usada pela onça, a cerca de 300 metros do rancho onde o caseiro trabalhava. Durante o resgate do corpo do idoso, o animal também atacou os policiais que participavam da operação.

O corpo foi retirado da mata e levado para o Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana. A perícia técnica confirmou que o caseiro havia morrido devido ao ataque da onça.

As investigações consideram algumas hipóteses para o ataque, uma delas é que o animal teria avançado no homem devido à falta de alimento no local, ou ao comportamento defensivo da própria espécie. Além disso, a corporação também trabalha com a ideia de que o animal poderia estar em período reprodutivo, o que deixa machos mais agressivos.

Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Mato Grosso do Sul (Semadesc), não havia registros recentes de ataques na região.
 
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