A Justiça de Minas começou, nesta quinta-feira (8), o julgamento de Tatiana Sardinha Barbosa e Ney Cruz da Silva, acusados de matar Rômulo Anderson Barbosa, de 46 anos. O crime aconteceu em 2021, mas os restos mortais da vítima só foram encontrados no dia 26 de março deste ano, em uma área de mata no bairro Padre Miguel, em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte.
Tatiana era esposa da vítima e Ney era o amante dela. Os dois foram denunciados pelo Ministério Público pelos crimes de homicídio duplamente qualificado (com os agravantes de motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima), fraude processual e ocultação de cadáver.
Ney Cruz da Silva foi o primeiro réu a ser ouvido durante a audiência. Durante o interrogatório, ele afirmou que foi chamado por Tatiana para ir até a casa dela. Chegando lá, ele teria encontrado a vítima já sem vida. Ele alega que a mulher não contou como a morte ocorreu e quem matou. No entanto, ele confessou que a ajudou a ocultar o cadáver de Rômulo.
O denunciado ainda disse que só se interessou pela mulher depois que ela já estava separada. Ele afirma que não tinha desavença com o homem e não tinha motivo para matá-lo. Ney afirma que Rômulo era ciumento com a ex-mulher e que Tatiana relatasse ter medo do ex. Ele diz que confessou que participou do assassinato porque foi coagido, mas que só ajudou a ocultar o cadáver.
Já Tatiana, que foi casada com a vítima, contou que Rômulo era muito violento em casa, embora fizesse questão de fingir que tinha um relacionamento perfeito, em especial para a família dele. Ela afirma que já encontrou o ex marido morto no quarto da casa e que Ney pediu a ela para não chamar a polícia.
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