Nos últimos seis dias, desde que Israel iniciou uma série de ataques ao Irã, as Forças Armadas iranianas lançaram ao menos 400 mísseis e centenas de drones em resposta, segundo o governo israelense. Na madrugada desta quarta-feira (18), Israel lançou 50 ataques em centros de produção de mísseis iranianos. “Mais de 50 caças da Força Aérea, sob orientação da Divisão de Inteligência, completaram uma série de ataques a alvos militares na área de Teerã nas últimas horas”, afirmou o governo de Israel em comunicado divulgado pela CNN Internacional.
Entre esses alvos estão instalações usadas para fabricar mísseis terra-terra e terra-ar, além de uma unidade de produção de centrífugas em Teerã, para atrasar o “programa de desenvolvimento de armas nucleares” do Irã, afirma o governo Netanyahu, que acusa o Irã de enriquecer urânio para desenvolver armas nucleares.
A informação, no entanto, é controversa. Segundo a CNN, autoridades dos Estados Unidos divergem sobre o programa nuclear iraniano. Em março deste ano, Diretor de Inteligência Nacional dos EUA, Tulsi Gabbard, afirmou que a comunidade de inteligência americana avaliou que o Líder Supremo do Irã, Ali Khamenei, não havia autorizado a retomada do programa de armas nucleares suspenso por ele em 2003.
Informações do governo Benjamin Netanyahu, divulgadas pela CNN Internacional nesta quarta-feira (18), apontam que os ataques iranianos provocaram a morte de 24 pessoas em 40 locais atingidos em Israel. O governo de Israel contabiliza 800 feridos e 3.800 pessoas deslocadas de suas casas.
Já no Irã, os ataques israelenses deixaram 224 mortos desde sexta passada, conforme a Guarda Revolucionária. Há no país um processo de deslocamento em massa da população - vídeos gravados em Teerã mostram congestionamentos com moradores tentando deixar a cidade.
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