A informação foi divulgada pelo site indonésio Tirti.id. De acordo com a publicação, o corpo de Juliana está no Hospital Bali Mandara. Segundo o médico legista Ida Bagus Putu Alit, os investigadores entregaram o corpo da jovem à família na manhã desta sexta-feira (27), por meio de seu advogado.
“Ainda não há (horário de retorno). As últimas informações são de que ainda estamos procurando voos”, disse o legista ao site.
O presidente Lula irá custear o translado do corpo da publicitária Juliana Marins. O pai de Juliana, Manoel Marins está na Indonésia e acompanha o processo mas não sabe se vai conseguir voltar com o corpo.
Antes do governo federal se manifestar, o ex-jogador Alexandre Pato e o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT) já haviam se voluntariaram a custear o transporte do corpo ao Brasil. A prefeitura também decretou luto oficial de três dias.
O laudo da autópsia de Juliana Marins, brasileira que morreu na Indonésia, apontou que ela sofreu traumatismo causado por impacto violento, o que provocou lesões internas graves e hemorragia significativa.
O legista estima que Juliana tenha morrido cerca de 20 minutos após a queda. Ainda assim disse ser difícil determinar a hora exata da morte devido a vários fatores, incluindo a transferência do corpo da Ilha de Lombok, onde se localiza o Monte Rinjani, para Bali.
Mais tarde, o legista também afirmou que Juliana faleceu entre 12 e 24 horas antes do exame ser realizado. O corpo foi encontrado na terça-feira (24) mas só foi retirado na quarta-feira (25).
Sexta-feira, 20 de junho (horário de Brasília)
Juliana estava no segundo dia de trilha, com cinco pessoas e um guia, no ponto mais alto do Monte Rinjani, que tem mais de 3 mil metros de altura. Era sábado (horário local) no horário local e a jovem caiu cerca de 300 m abaixo da trilha. A jovem foi reconhecida pela irmã por meio de imagens de drones de turistas que a localizaram. Ela estava com uma calça jeans, camiseta, luvas e tênis, porém não tinha um casaco e seus óculos (ela tem cinco graus de miopia).
Desde que soube do acidente, a família da jovem criou uma conta nas redes sociais onde fazia um apelo para que ela fosse encontrada. Um grupo de turistas encontrou os parentes dela nas redes sociais e começou a informá-los do que acontecia pelo WhatsApp.
Sábado, 21 de junho (horário de Brasília)
Socorristas chegaram ao local onde Juliana caiu por volta das 4h30 da manhã (14h30 do horário local). Eles tentaram oferecer água e comida, mas sem sucesso, e o resgate precisou ser pausado devido ao mau tempo e às condições ruins do terreno.
Domingo, 22 de junho (horário de Brasília)
Autoridades como a embaixada brasileira na Indonésia foram acionadas e o Governo Federal também monitorava o caso. As equipes chegaram a começar as buscas pela brasileira, mas logo pararam devido às condições climáticas do local. Havia muita neblina, o que impossibilitava o resgate.
Segunda-feira, 23 de junho (horário de Brasília)
O resgate foi retomado na segunda, com auxílio de drones térmicos. Segundo informações da organização do parque, ela foi vista por drones, a 500 m de profundidade, aparentemente sem sinais de movimento.
Mais tarde, as buscas foram retomadas e a equipe desceu 400 m, mas estavam a cerca de 650 m de distância da jovem. “Ela estava bem mais longe do que estimaram”, escreveu a família. Helicópteros estavam sobreaviso, mas não foram utilizados devido ao mau tempo.
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