O ex-padre Bernardino Batista dos Santos, de 77 anos, indiciado pelo crime de estupro de vulnerável, deixou o sistema prisional nesta quinta-feira (28/11). Ele estava preso desde 23 de outubro, quando a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) o encontrou em sua residência, na cidade de Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Bernardino, que teria abusado de pelo menos 50 crianças, foi solto após a 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) acatar um pedido de habeas corpus impetrado pela defesa. À reportagem, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG) informou que o ex-padre deixou a prisão nesta tarde mediante o recebimento do alvará de soltura.
A Justiça determinou, porém, que o ex-líder religioso seja monitorado por meio de tornozeleira eletrônica. Agora, após pouco mais de um mês preso, Bernardino deverá obedecer a algumas medidas cautelares. Nesse sentido, ele ficará obrigado a se apresentar à Justiça a cada 30 dias para justificar suas atividades. Ele também está proibido de deixar a cidade sem solicitar autorização judicial. O tribunal fixou ainda a proibição de contato com as vítimas, seus familiares e testemunhas.
A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Bernardino Batista dos Santos. O espaço permanece aberto para manifestações.
A prisão ocorrida em 23 de outubro decorreu do crime de estupro de vulnerável contra uma criança no município de Tiros, no Alto Paranaíba. Na ocasião, a PCMG explicou que essa violência sexual aconteceu em 2016. À época, a vítima tinha 4 anos e sofreu o abuso durante uma festa de casamento em uma propriedade rural do então padre.
A partir daí, a Polícia Civil iniciou uma investigação e, depois, informou que Bernardino teria cometido os crimes sexuais contra ao menos 50 crianças a partir dos anos 1980. A maioria dos episódios de violência aconteceu no sítio dele em Tiros, quando as vítimas tinham entre 3 e 11 anos. Em 13 de novembro, a instituição policial comunicou a conclusão do inquérito com o indiciamento de Bernardino por estupro de vulnerável, mas afirmou que somente sete vítimas foram identificadas.
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