O dono da empresa pela qual prestava serviços o técnico de manutenção que morreu após a queda de um elevador em um prédio da Justiça Federal em Belo Horizonte, está "arrasado" com a tragédia. A informação foi repassada a O TEMPO por uma das advogadas da empresa, Giordaina Corradi. Na manhã desta terça-feira (3 de dezembro), as representantes da empresa estiveram no Instituto Médico Legal (IML) de BH para liberar o corpo da vítima, Aldemir Rodrigues de Souza, de 49 anos de idade.
A empresa é sediada em Fortaleza, capital do Ceará. Conforme as advogadas do empreendimento, Aldemir era trabalhador autônomo e prestava serviços de manutenção de elevadores. Ele era, segundo informado, próximo do proprietário da empresa pela qual sofreu o acidente.
"Eles eram amigos próximos. O proprietário está arrasado com o que aconteceu. Ele gostaria de estar aqui agora acompanhando tudo, mas não foi possível", diz Giordaina Corradi.
Aldemir morava em Fortaleza, mas sempre viajava pelo Brasil realizando os serviços de manutenção. O corpo dele será embalsamado em Belo Horizonte e, depois, será levado de carro para Maracanaú, no interior do Ceará, onde devem ocorrer o velório e o sepultamento. O homem deixa dois filhos, sendo uma adolescente de 17 anos e um homem de 30, além de uma companheira com quem tinha união estável.
A equipe do Corpo de Bombeiros constatou, após o resgate do corpo, que o técnico não usava nenhum Equipamento de Proteção Individual (EPI) no momento da queda. Sobre isso, o sócio proprietário, Wagner dos Santos, informou à reportagem que a empresa fornece "todos os equipamentos de proteção individual e coletiva, registrados em ficha de EPI". "Os equipamentos do funcionário se encontram no local de trabalho", acrescentou ele.
Dos Santos reforçou, no entanto, que a empresa aguarda o resultado do laudo investigativo para entender melhor o que motivou a queda do elevador e a morte do contratado. No IML, em Belo Horizonte, a advogada da empresa, Giordaina Corradi, afirmou que todas as providências estão sendo tomadas e que, no momento, a prioridade é prestar suporte à família da vítima.
"Não é prudente entrarmos em detalhes do acidente agora, pois os laudos ainda estão sendo feitos. A empresa está à frente de tudo, dando todo o suporte que pode à família", declarou.
Aldemir Rodrigues de Souza, de 49 anos, morreu após um elevador despencar do 17º andar dentro do prédio da Justiça Federal, no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, na manhã de segunda-feira (2 de dezembro). O equipamento passava por uma manutenção quando o acidente aconteceu.
Conforme apuração de O TEMPO, a vítima é trabalhadora autônoma com 26 anos de experiência na área e prestava serviços por uma empresa terceirizada. O técnico estava na parte de cima do equipamento quando houve a queda. O presidente do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), desembargador Vallisney Oliveira, declarou luto oficial de três dias na Justiça Federal em Belo Horizonte.
O funcionamento presencial nos três prédios do TRF6 foi suspenso até a próxima sexta-feira (6), e todos os servidores, colaboradores e estagiários deverão exercer suas atividades de forma remota durante esse período. Em nota, a Justiça Federal em Belo Horizonte lamentou profundamente a tragédia e destacou que está oferecendo o apoio necessário à família do trabalhador.
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