
Uma tecnologia desenvolvida na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) tem impulsionado o uso da macaúba, palmeira nativa do Cerrado, e ampliado seu potencial como fonte de biocombustível.
A inovação, resultado de mais de 15 anos de pesquisa, abre caminho para o cultivo comercial da macaúba em áreas degradadas, e propicia o uso do óleo vegetal extraído de seus frutos na aviação civil, como alternativa ao combustível fóssil.
Conduzida no Laboratório de Reprodução Vegetal da instituição, a pesquisa é apoiada pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). O grupo, coordenado pelo professor Leonardo Ribeiro, desenvolveu um protocolo capaz de reduzir de dois anos para apenas duas semanas o tempo de germinação das sementes.
“Nosso grupo estuda tecnologias para favorecer a germinação e a produção de mudas em larga escala. Dessa forma é possível a implantação de cultivos e a expansão da cultura que tem sido interesse de empresas e da iniciativa pública”, explica o pesquisador.
Além do avanço científico, a patente da pesquisa mineira foi transferida à Acelen Energia Renovável – multinacional do setor energético – em um projeto com aportes bilionários, gerando cerca de 90 empregos diretos na região. A mesma empresa inaugurou, recentemente, em Montes Claros, o maior centro de inovação para pesquisas com macaúba no mundo.
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