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Dilema de Zema: ir ou não ao ato deBolsonaro em SP

mesmo lado

19/02/2024 às 06h49
Por: Carlos ball Fonte: em
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Dilema de Zema: ir ou não ao ato deBolsonaro em SP

Como outros que dependem do bolsonarismo para sobreviver politicamente, o governador Romeu Zema (Novo) está perguntando a aliados se deve ou não ir ao ato de Bolsonaro. O evento seria constitucional (a democracia vai resistir novamente, com certeza!) e está previsto para o próximo domingo, em São Paulo.

Vai ou não vai? Até onde vai seu bolsonarismo? Pensando com seus botões, o governador deveria voltar a 2018, quando a seis da eleição para governador, se revelou bolsonarista. Por isso, derrotou os favoritos, o tucano Antonio Anastasia e o candidato à reeleição e governador Fernando Pimentel (PT). Ali, Zema definiu sua identidade ideológica ou eleitoreira.

Hoje, está reeleito governador, e admite disputar a Presidência da República ou tentar fazer o sucessor em 2026. Nada poderá fazer se abandonar o lado bolsonarista. A única chance de ser o futuro candidato da direita é, como apoio de Bolsonaro, sendo bolsonarista no próximo domingo. Caso contrário, não terá sequer futuro político.

Não façam o que eu falo

No premeditado ato, Bolsonaro diz que quer se defender da perseguição política da qual seria vítima. Convoca aliados e seguidores para participarem sem levar cartazes que ataquem as instituições democráticas. Em se tratando de Bolsonaro, ele estaria apenas se vacinando de atos que deseja ver de seus apoiadores, de ataque às instituições democráticas, em especial, ministros e outros que defendam a democracia e o estado de direito.


Vacina: Bolsonaro orientou Zema

Um dia antes de gravar o vídeo com os bolsonaristas Cleitinho (senador) e Nicolas Ferreira (deputado federal), Zema recebeu pedido do ex-presidente Bolsonaro, enviado a aliados, para desobrigar alunos da vacinação na hora da matrícula. O governador do Rio, Cláudio Castro, rejeitou a recomendação. Zema, ao contrário, gravou vídeo defendendo e justificando a medida antivacina. Por conta disso, o mineiro terá que apresentar, em cinco dias, justificativas ao STF. Enquanto prepara as respostas ao Supremo, o governador terá que orientar os assessores convocados pela Assembleia para, em audiência pública, discutir a importância da vacinação.

Dois mineiros na trama golpista

Além do general Braga Neto, que é de BH e foi candidato a vice-presidente na fracassada chapa de reeleição de Bolsonaro, havia mais um mineiro na reunião ministerial golpista do ex-presidente. Médico, produtor rural e político brasileiro, filiado ao PSD, Marcos Montes Cordeiro era ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil até 31 de dezembro de 2022. Como mineiro, ele anda mudo e calado e teve o nome poucas vezes citado como membro da reunião da intentona antidemocrática. Tudo somado, está se omitindo como os outros 22 que participaram da reunião e não se manifestaram na reunião ou depois dela. Em 2018, Montes manifestou infidelidade partidária ao pedir votos para Bolsonaro a presidente, em desfavor do então candidato de seu partido (PSDB), Geraldo Alckmin.

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