O primeiro passo do Cruzeiro na semifinal da Copa Sul-Americana não foi do jeito que a torcida celeste queria. Em mais uma atuação ruim, a Raposa empatou por 1 a 1 com o Lanús, da Argentina, nesta quarta-feira (23/10). O Mineirão foi o palco da partida, marcada por diversas pausas por causa do uso de sinalizadores. A fumaça gerada nas arquibancadas encobriu o campo e atrasou o início do jogo.
Kaio Jorge voltou a balançar as redes pelo Cruzeiro. O centroavante fez o gol da Raposa aos quatro minutos do segundo tempo. Aos 27’, o Lanús empatou com o meio-campista Ramiro Carrera.A segunda parte do confronto será na próxima quarta-feira (30/10), a partir das 19h, no Ciudad de Lanús (La Fortaleza), na Grande Buenos Aires.Se passar de fase, o Cruzeiro enfrentará Corinthians ou Racing, da Argentina, na decisão da Sul-Americana. A final única será disputada dia 23 de novembro (sábado), em horário não definido, no Estádio General Pablo Rojas (Nueva Olla), em Assunção, no Paraguai.
Os torcedores do Lanús compareceram em peso ao Mineirão. Antes mesmo de a bola rolar, o setor de visitantes cantava alto no estádio. A torcida grená fez festa com instrumentos, faixas, bandeiras e balões.
No restante do Mineirão, o movimento era todo celeste. Como previsto, os cruzeirenses festejaram com bombas, sinalizadores e outros artigos.
O clube pediu formalmente para que os artigos pirotécnicos não fossem usados, mas não conseguiu impedir a movimentação dos torcedores.
Por causa da fumaça branca que encobria o gramado, o jogo atrasou em vários minutos. Enquanto o árbitro não soava o apito inicial, os torcedores entoavam cânticos em apoio à Raposa. Já os jogadores seguiam fazendo aquecimento com bola
“Atenção, torcedor! Não acenda sinalizador!”, pedia a narradora oficial do Mineirão durante o atraso. Antes do jogo, o recado também foi dado por meio das caixas de som.
No começo da partida, o Cruzeiro teve espaço para chegar ao campo adversário, mas falhou no último terço. A Raposa perdeu a bola várias vezes na entrada da área do Lanús. E, quando conseguiu chutar, o time não foi efetivo.
Uma intervenção da arbitragem impediu que o Cruzeiro se complicasse dentro de casa. Após sobra de bola, Walter Bou acertou chute de fora da área e balançou a rede. O gol do centroavante só foi anulado após checagem do VAR, que identificou impedimento.
A melhor oportunidade do Cruzeiro na etapa inicial foi um finalização de média distância do volante Matheus Henrique. O chute passou poucos centímetros para o lado de fora da trave.
‘Desencontrada’, a Raposa demonstrou falta de qualidade na troca de passes e criação de jogadas. Esse baixo nível técnico e tático ficou evidente ao longo da primeira metade do jogo.
Insatisfeita com o desempenho aquém do que já foi apresentado, a torcida vaiou o Cruzeiro na saída para o intervalo.
O Cruzeiro voltou a campo com estrutura modificada pelo técnico Fernando Diniz. Ele recuou o lateral-esquerdo Marlon, tirou o zagueiro Lucas Villalba e colocou o meia Mateus Vital.
Poucos minutos foram necessários para que a Raposa abrisse o placar. Aos 4’, Vital chutou a bola em cima do goleiro Nahuel Losada, que espalmou nos pés de Kaio Jorge. O centroavante só precisou escorar para o fundo da rede: 1 a 0.
Aos 27’, veio o empate do Lanús. O meia Marcelino Moreno cobrou escanteio dentro da área, e Carrera completou de cabeça para fazer 1 a 1.
A fumaça de sinalizadores voltou a ser um problema na etapa complementar. Antes do gol do Lanús, o jogo precisou ficar paralisado por alguns minutos até que a névoa se dissipasse.
No fim da partida, novos protestos: quando o meia-atacante Matheus Pereira ia cobrar escanteio, a torcida do Cruzeiro arremessou copos de água no gramado.
Após o apito final, duas cenas opostas tomaram conta do estádio. De um lado, torcedores e jogadores do Lanús se aplaudiam mutuamente. Do outro, vaias por parte da torcida do Cruzeiro aos atletas e técnico celestes.
Cruzeiro: Cássio; William, João Marcelo, Lucas Villalba (Mateus Vital, no intervalo) e Marlon; Walace, Matheus henrique (Fabrizio Peralta, aos 51’/2ºT) e Álvaro Barreal (Kaiki, aos 33’/2ºT); Matheus Pereira, Gabriel Veron (Vitinho, aos 36’/2ºT) e Kaio Jorge. Técnico: Fernando Diniz
Lanús: Nahuel Losada; Juan José Cáceres, Carlos Izquierdoz, Gonzalo Pérez e Julio Soler; Bruno Cabrera (Dylan Aquino, no intervalo), Luciano Boggio, Felipe Peña Biafore, Ramiro Carrrera (Lautaro Acosta, aos 41’/2ºT) e Marcelino Moreno; Walter Bou (Jonatán Torres, aos 41’/2ºT). Técnico: Ricardo Zielinski
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