Os políticos mineiros Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) e Nikolas Ferreira (PL-MG), ambos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e frequentemente vistos como representantes da direita em Minas Gerais, protagonizaram um desentendimento nesta semana. Apesar de compartilharem visões semelhantes em várias pautas políticas, os dois têm se distanciado, especialmente no que diz respeito à fiscalização da máquina pública e questões trabalhistas.
O conflito teve início com o debate sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa limitar a jornada de trabalho a 36 horas semanais e acabar com a escala 6x1, que garante aos trabalhadores um dia de descanso por semana.
Cleitinho Azevedo, um dos nomes mais influentes da direita mineira, manifestou apoio à PEC, defendendo a necessidade de mudanças na legislação que, segundo ele, deveria também incluir a redução de impostos para empresários. "Tem que acabar com essa escala de 6x1. Estão questionando o texto na Câmara, então é preciso mudar esse modelo, mas também diminuir os impostos para o empresário", afirmou o senador, em discurso combativo, característico de seu estilo direto.
Por outro lado, Nikolas Ferreira se posicionou contra a proposta e criticou duramente a mudança sugerida. Alinhado ao PL e defensor do modelo de trabalho atual, o deputado federal considerou a PEC uma medida populista e insustentável, destacando que a mudança proposta poderia resultar em consequências indesejáveis, como a "escala 0x0".
"O pessoal do PSOL quer impor a escala 4x3. Cuidado com essas medidas populistas, porque logo estaremos trabalhando zero dias e ganhando zero reais", afirmou Nikolas, reafirmando sua oposição a qualquer flexibilização da jornada de trabalho parlamentar.
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