Fabiano Pereira Lima, preso por suspeita de participar do ataque do “Novo Cangaço” a uma agência bancária em Guaxupé, no Sul de Minas, foi encontrado depositando quase 40 mil reais em Ribeirão Preto (SP), cidade a 160 km de distância do local do crime. A polícia desconfiou da ação e abordou o suspeito, que não soube explicar a origem do dinheiro.
Segundo a polícia, Fabiano realizava vários depósitos em um banco, enquanto dois comparsas esperavam dentro do carro. Além da grande quantia de dinheiro, a PM também desconfiou que o suspeito seria um dos integrantes do grupo criminoso por ele estar em uma cidade próxima a Guaxupé, logo depois da ocorrência na cidade.
Conforme os policiais, o suspeito estava nervoso e revelou a localização de um fuzil de precisão em uma área de mata que liga Ribeirão Preto a Jardinópolis. Ele tentou, ainda, subornar os militares para que o libertassem.
Fabiano foi encaminhado à delegacia junto do fuzil. Ele estava com 31 comprovantes bancários que totalizavam R$ 36.070, além de R$ 6.789 em espécie e um iPhone. O suspeito tem antecedentes por direção perigosa e resistência, lesão corporal (duas), porte ilegal de arma de fogo (duas) e ameaça (duas).
Na madrugada desta terça-feira (8), criminosos do “Novo Cangaço” explodiram uma agência da Caixa Econômica Federal e dispararam tiros de fuzil contra a sede da 79ª Cia da Polícia Militar em Guaxupé, no Sul de Minas Gerais.
De acordo com o delegado Marcos Pimenta, que investiga o caso, cerca de 15 criminosos podem estar envolvidos na ação. A suspeita é que eles tenham fugido em direção à São Paulo. Na noite de terça, horas após o crime, Fabiano Pereira Lima foi preso por suspeita de integrar a quadrilha. Ele foi abordado em Ribeirão Preto (SP), cidade a cerca de 160 km de Guaxupé.
O novo cangaço é um crime cometido por grupos armados que invadem cidades, dominam a população, atacam sedes da polícia e explodem agências bancárias. O termo é usado para designar ações violentas que ocorrem no Brasil desde os anos 1990.
O ataque em Guaxupé é o quarto no Sul de Minas nos últimos quatro anos. Os outros foram registrados em Camanducaia (2024); Itajubá (2022) e Varginha (2021).
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