O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, chamou o ‘tarifaço’ do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de “irracional” e minimizou seus efeitos, dizendo não se desesperar com bravatas do presidente americano.
Na quarta-feira (9), Trump anunciou que iria sobretaxar produtos brasileiros que chegassem ao país em 50%, fazendo uma defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A fala aconteceu em uma agenda em uma biofarmacêutica de Nova Lima, na grande BH, nesta sexta-feira (11). O ministro afirmou que Trump já prometeu tarifas para outros países, e, nem por isso, outras nações tomaram medidas desesperadas.
“Eu vejo toda a bravata do Trump com muita tranquilidade e não me desespero com ela, porque até a imprensa dos Estados Unidos mostra a quantidade de anúncios que Trump fez e que ele não que ele não levou a cabo, não transformou em realidade”, destaca o ministro.
“Trump tem esse costume de fazer anúncios irracionais. Acho que a gente não tem que se mover por eles. A gente tem que firmar a nossa posição enquanto país, reafirmar a soberania. Acho um absurdo qualquer pessoa que esteja aplaudindo o que o Trump tá anunciando e fazendo, não só com o Brasil, com as do mundo, são irracionais por quê? Primeiro porque elas são anúncios que vão contra tradições dos Estados Unidos”, acrescenta Padilha.
De acordo com o chefe do Ministério da Saúde, os EUA têm duas tradições fundamentais, primeiro a independência dos Três Poderes, e depois a fundação da República. Com o anúncio, cita o ministro, Trump vai contra um dos pilares.
“A carta do Trump está incitando o presidente da República a fazer uma intervenção em outro poder. E o presidente Lula reagiu porque quer afirmar que o presidente Lula é republicano”, conclui.
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