Formada em Relações Públicas, Letícia de Castro, dona da “Let’s Cook”, trabalhava em gestão de projetos na área de meio ambiente, mas há oito anos encontrou na produção de geleias e chutneys uma nova forma de ganhar a vida. Ela faz parte de um cenário que cresce cada vez mais em Minas Gerais, o de mulheres empreendedoras.
Ciente dessa tendência, o Sebrae liberou nesta quinta-feira (6) os resultados da 3ª edição da pesquisa Mulheres Empreendedoras e, conforme o levantamento, oito em cada dez empresárias têm o negócio próprio como principal fonte de renda. Cerca de metade delas tem um faturamento mensal superior a R$ 5 mil e três em cada dez geram empregos.
A pesquisa foi feita entre 549 participantes e, deste número, 55% eram donas de microempresas (ME) e empresas de pequeno porte.
Apesar de ser um cenário cada vez mais comum entre as mulheres brasileiras, o empreendedorismo feminino ainda enfrenta algumas dificuldades.
Conforme o levantamento, um dos principais de desafio apontado pelas empreendedoras é falta de conhecimento de gestão, indicado por cerca de 62% das respondentes. E, esse também foi o caso de Letícia. “Depois do primeiro ano da empresa que realmente senti que a empresa tinha potencial para se tornar um negócio rentável. Mas, acho que a maior dificuldade foi a profissionalização do negócio, aprender sobre o processo produtivo, precificação e toda gestão administrativa da empresa”, conta a dona da Let’s Cook.
Dois outros problemas indicados pelas mulheres consultadas, foi a dificuldade de conciliar o trabalho e a vida pessoal - cerca de 46% apontaram essa dificuldade, e acesso ao crédito. Letícia conta que um dos aliados para ajudar a passar pelas dificuldades do início da carreira foi o Sebrae. “Foi muito importante nessa jornada com os cursos e eventos. Me ensinou muitas coisas e abriu muitas portas. Sou grata por cada oportunidade que tivemos”.
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